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ONU critica situação humanitária na República Centro-Africana

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A Subsecretária-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, fez uma avaliação crítica da situação humanitária na República Centro-Africana, durante uma visita recente ao país.

O sofrimento das populações locais, de acordo com a representante da ONU, é agravado pelos conflitos recorrentes e pela crescente insegurança, atingindo níveis cada vez mais intoleráveis.
Joyce Msuya apela, por isso, a comunidade internacional para intensificar os seus esforços para responder às emergências e encontrar soluções duradouras para a crise.

Durante a sua visita a Birao, uma cidade de 16.000 habitantes, Msuya conheceu uma comunidade que acolhe 27.000 refugiados sudaneses, mais da metade dos quais são mulheres e crianças.

“Vi a dor deles. Testemunhei o sofrimento em outro nível”, disse a autoridade, antes de relembrar histórias comoventes de refugiados que, apesar dos ferimentos graves, atravessaram áreas perigosas para chegar a um território que esperam ser seguro. Algumas mulheres, cujos membros foram amputados, viajaram longas distâncias na esperança de encontrar refúgio na República Centro-Africana, onde finalmente podem se sentir seguras.

Testemunhos colhidos no local revelam condições de vida extremamente precárias. Embora expressem gratidão às ONGs e ao governo pela ajuda material (lonas, roupas, baldes, etc.), os refugiados continuam desesperados diante da impossibilidade de retomar suas actividades agrícolas, sua principal fonte de subsistência. Um refugiado sudanês enfatizou: “Agradecemos a todos que nos ajudaram, mas sem a oportunidade de cultivar, nossa situação continua extremamente difícil.”

Isso ocorre em meio à crescente violência nos estados de Kordofan do Norte e Darfur do Norte, onde confrontos armados entre facções rivais forçaram mais de 1.700 pessoas a fugir das suas casas, exacerbando ainda mais as tensões em uma região já frágil.

Para subsecretária-Geral da ONU, a prioridade continua a ser restaurar a segurança e a estabilidade para permitir que as pessoas deslocadas retornem para casa e retomem suas actividades agrícolas. Ela também enfatizou a importância de fortalecer a solidariedade internacional para apoiar os esforços humanitários, que enfrentam dificuldades para atender à escala das necessidades.

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