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ONU condena ofensiva de rebeldes M23 que forçou mais de 450 pessoas a buscarem refúgio
A missão de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo condenou esta quinta-feira, 26, uma ofensiva de rebeldes M23 no Leste do país que forçou 450 pessoas, incluindo mulheres e crianças, a buscar refúgio em torno de sua base na cidade de Kitshanga.
“O M23 deve cessar toda a hostilidade e retirar-se das áreas ocupadas, de acordo com o roteiro definido na mini-cimeira de Luanda”, disse no Twitter a missão conhecida pela sigla MONUSCO.
O ataque a Kitshanga é uma nova ofensiva dos rebeldes que tomaram grandes áreas da província de Kivu do Norte, no Leste do Congo, em um ataque rápido desde Maio que ameaçou a capital da província, Goma.
A insurgência inflamou as tensões regionais com o Congo acusando a vizinha Ruanda de apoiar e patrocinar a rebelião liderada pelos tutsis. Especialistas das Nações Unidas e potências ocidentais acusaram Ruanda de apoiar o M23.
O governo de Ruanda negou qualquer envolvimento.
Líderes regionais negociaram um acordo em novembro segundo o qual os rebeldes deveriam se retirar das posições recentemente tomadas até 15 de janeiro, como parte das tentativas de acabar com os combates que deslocaram pelo menos 450.000 pessoas.
Mas um relatório interno da ONU disse que os rebeldes estavam desrespeitando o cessar-fogo e a retirada.
Duas testemunhas que fugiram de Kitshanga e se juntaram à multidão de refugiados na base da MONUSCO disseram que os rebeldes haviam tomado o controle da cidade.
Por Reuters