ONG acusa rebeldes Huthis de impedirem ajuda humanitária para tratar cólera

A organização não-governamental Human Rights Watch acusou esta quarta-feira, 07, os rebeldes xiitas Huthis de dificultarem o acesso humanitário no Iémen, situação que agrava seriamente o surto de cólera em todo o país.

De acordo com os dados da organização de defesa dos Direitos Humanos mostram, actualmente, “mais de 18 milhões dos 30 milhões de habitantes do Iémen necessitam de assistência humanitária”, ou seja, mais de metade da população.

Em comunicado, ONG denunciou que os Huthis, o Governo iemenita e o Conselho de Transição do Sul obstruíram a ajuda e o acesso à informação e não tomaram medidas preventivas adequadas para mitigar a propagação da cólera e instam as autoridades Iemenitas a “remover os obstáculos à prestação de ajuda.

Segundo um funcionário da Organização Mundial da Saúde, cerca de 95.000 casos de cólera foram registados entre 01 de Janeiro e 19 de Julho, tendo o vírus matado 258 pessoas.

O Governo também culpou inicialmente os migrantes do Corno de África pelo surto de cólera, “colocando os migrantes numa situação ainda mais precária no Iémen”.