Economia

OGE 2026: economistas divididos sobre impactos no custo de vida

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O economista Pedro Canjama considera que o Orçamento Geral do Estado (OGE) 2026, que será discutido esta segunda-feira, 17, estimado em 33 biliões de kwanzas, é “prudente”, sobretudo quando comparado ao de 2025, fixado em cerca de 34 biliões. Para o especialista, essa postura cautelosa do Executivo é reflexo directo da forte volatilidade registada no preço do petróleo, principal fonte de receita fiscal do país.

Cajamba recorda que o OGE 2025 foi elaborado com uma referência de 70 dólares por barril, mas ao longo do ano o mercado internacional apresentou oscilações significativas, gerando “grandes constrangimentos” na execução das metas orçamentais estabelecidas.

O economista sublinha ainda que o Executivo teve de considerar a conjuntura macroeconómica global e as previsões de crescimento das grandes economias, com destaque para a China, “o maior destino das exportações angolanas”.

Segundo Cajamba, as perspectivas de arrefecimento da economia chinesa reforçam a necessidade de prudência nas projecções para 2026.

Já o economista José Lumbo apresenta uma visão distinta. Para ele, algumas iniciativas previstas para o exercício económico de 2026 poderão, ao contrário das expectativas, “aumentar a pressão sobre a especulação de preços” no mercado nacional.

Lumbo refere-se, particularmente, às medidas de valorização dos servidores públicos e ao ajustamento dos salários ao actual contexto económico, defendendo que essa abordagem pode agravar as distorções.

Mais sobre o assunto hoje, às 11 horas, na Rádio Correio da Kianda, em 103.7 ou www.correiokianda.info.

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