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Oficiais do SIC envolvidos no desvio de combustivel negam a acusação

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Três oficiais do Serviço de Investigação Criminal (SIC), arrolados no processo de desvio de combustível para a central térmica do Lubango (Huíla), negaram na segunda-feira, em julgamento, envolvimento no caso, embora tenham sido acusados na sessões anteriores pelos supostos corruptores, motoristas das  empresas transportadoras que os acusaram de receber suborno para soltar presos envolvidos.

Ouvidos na retomada do julgamento que havia sido suspenso desde quinta-feira passada, o director-adjunto do SIC na província, Abel Waiya, Victor Duarte, terceiro oficial de operações e Adão Domingos António, chefe do departamento de operações, negaram todas as acusações que pesam obre si.

Os três oficiais foram no começo das investigações, instrutores do processo de apreensão, a 9 de Dezembro de 2016,  do primeiro camião-cisterna com 35 litros de gasóleo e do segundo com 14 mil, em posse dos co-réus Silas Lievin e Nelson Pinto Almeida e Silva, no município da Chiba, tendo os agentes constituído a empresa Galiangol como fiel depositário da carga, quando na verdade tal tarefa cabe  unicamente ao Ministério Público.

Segundo apurou  a Angop, os mesmo  são  acusados pelo co-réu  Herman Vieira, chefe dos transportes da Galiangol, de terem cobrado somas monetárias avaliadas em dois milhões de  Kz para libertar o motorista que conduzia o camião, quando este já havia sido solto pelo Ministério Público.

Segundo Herman Vieira, os oficiais cobraram ainda um milhão e 500 mil para impedir que o réu Augusto Valente fosse capturado, mais um milhão e 500 mil de multa  para a restituição do camião com  os 14 mil de combustível, valores entregues pelo co-réu Augusto ao arguido  Victor  por intermédio de Herman.

Os acusados que incorrem  nos  crime de peculato,  concussão, tirada de preso e subtracção de coisa depositada, negaram  os factos, sendo que Victor Duarte, alegou que o SIC só começou a investigar o caso de desvio de combustível, após denúncias do co-réu Herman Viera, o mesmo que terá dado, segundo o arguido todas as coordenadas até se chegar ao momento das apreensões.

Entretanto, falando à imprensa, o advogado de defesa dos motoristas, Augusto Samuel, apesar da “complexidade” do processo,  valorizou a abertura para a exposição dos factos por parte dos arguidos, aspectos que preserva o princípio da “boa” administração da justiça.

Para ele, o julgamento decorre dentro das normas requeridas.




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