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Economia

Odebrecht Angola desviou dinheiro destinado à Laúca

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A construtora brasileira em Angola, Odebrecht, está a ser alvo de acusações, no Brasil e em Angola de ter desviado, em coluio com altas figuras do Governo angolano, parte do dinheiro que recebeu do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil, um dos maiores instrumentos do Governo Federal para o financiamento de longo prazo de investimentos em todos os seguimentos da economia brasileira e não só.

É, segundo entendedores da matéria, o Banco que financiou as obras que a Odebrecht levou a cabo em Angola, nos últimos anos, incluindo a barragem Hidroelétrico de Laúca, que as autoridades angolanas classificam de maior em África.

Consta que aquela barragem é investimento do Governo angolano de cerca de 4,3 mil milhões de dólares norte americanos tornando-se na maior obra pública do País.

Inaugurada, pelo antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a mesma entrou em funcionamento com a primeira turbina que gerou para a rede nacional os primeiros 334 megawatts de electricidade. Neste momento, segundo informações oficiais, estão em funcionamento as seis turbinas instaladas totalizando um total de 2.070 megawatts de electricidade que, segundo os mesmos dados, são mais do que dobro da capacidade das duas primeiras grandes barragens do País – Cambambe que produz cerca de 960 megawatts e Capanda com 520 megawatts – que já operam no rio kuanza.

No entretanto, as suspeitas do desvio da parte do dinheiro, por parte da construtora brasileira e seus parceiros angolanos, surgem depois da paralisação das obras da segunda fase e da transportação da corrente eléctrica já produzida para as províncias destinatárias.

As suspeitas que se concretizam agora começaram a ser ouvidas no auge dos escândalos de “lava jato”, no Brasil, envolvendo a Petrobras, momento em que descobriram que a semelhança dos outros Países, também, existiam desvios nos financiamentos das obras da Odebrecht em Angola.

O tema volta agora à baila e com exigências do Brasil, após o Governo de Luanda ter solicitado um novo financiamento ao Brasil. “a investigação, descoberta e responsabilização dos governantes que participaram no desvio do primeiro financiamento é uma das condições que o Brasil exige para voltar a financiar projectos no País.

Para este fim, João Lourenço, novo Presidente angolano, terá garantido às autoridades cariocas que já orientou uma investigação para o apuramento da verdade material do caso.

O Correio da Kianda sabe de fonte governamental que para garantir a continuidade dos trabalhos quer para a segunda fase quer para as linhas de transporte, de laúca, João Lourenço, terá dado luz verde, recentemente, para a assinatura de um empréstimo de cerca de 150 milhões de dólares a GEMCORP, um fundo especializado em mercados emergentes e um outro empréstimo de cerca de 300 milhões de dólares contraído recentemente a Standart Chartered Bank, da África do Sul.

O assunto, já do domínio do Director da Odebrecht Angola, Marcos Machado, tem feito com que o mesmo seja visto nos últimos tempos, quase todas as semanas, na sede do MPLA, em Luanda, em conversações com José Eduardo dos Santos, Presidente daquele Partido e da república na altura dos desvios a quem tenta convencer para junto de João Lourenço impedir a investigação, pois, a mesma poderá desvendar dados que colocam em causa a gestão de JES que, segundo vozes próximas aos trabalhos da Odebrecht em Angola, tem ligações a empresa brasileira que mais construiu no País logo após ao alcance da paz efectiva, em 2002.

A frequência regular do líder da Odebrecht na sede do MPLA não é a única, pois, fontes bem posicionadas nos camaradas indicam que o País económico – os empresários de sucesso – não está nas mãos do actual Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço. “hoje todos eles despacham na sede do Partido porque quem controla a economia é o Presidente dos Santos”, rematou um dirigente partidário em conversa com o Correio da Kianda.

Todas as semanas o Presidente dos Santos recebe e despacha com os maiores empresários deste País, acrescentou!

Enquanto isso, o País aguarda com espectativa o fornecimento de energia produzida na barragem de laúca tida como a maior de África.




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