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Politica

O que os angolanos esperam de João Lourenço em 2021?

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O ano de 2020 foi, para muitos angolanos, um ano para se esquecer. Reclamações e desespero marcaram a vida de muitos cidadãos, com o alto custo de vida a obrigar promotores de manifestações em Luanda, a saírem às ruas, em protesto contra a subida de preço de bens alimentares. Este também foi o ano em que João Lourenço, enquanto Presidente da República, no seu terceiro mandato, mais reprimiu os manifestantes, facto que levou políticos e analistas a levantarem-se contra a actuação considerada excessiva, por parte da Polícia Nacional.

Em Março, com a entrada no país dos primeiros casos de covid-19, à semelhança de muitos outros países, Angola viu-se obrigada a decretar o Estado de Emergência e, consequentemente, fechar fronteiras, numa altura, em que o país lutava contra a crise financeira, agravada pela descida do preço do petróleo.

Um ano atípico, em que para muitos angolanos, a obrigação foi reinventar-se. Limites foram testados e a superação foi a palavra de ordem.

2020, um ano que não deixa saudades para os angolanos, nem dúvidas de que “é de batalhas que se vive a vida”. Ninguém passou impunemente do calendário, que na madrugada desta quinta-feira, 31, teve o seu fim. Até mesmo os ricos e milionários angolanos foram, em 2020, submetidos ao aperto do cinto.

Numa sondagem feita pelo Correio da Kianda, em diversos pontos de Luanda, na noite de 31 de Dezembro, último dia do ano, o que esperam os angolanos de João Lourenço neste novo ano, foi um assunto que dividiu opiniões dos nossos entrevistados.

Os interlocutores ouvidos pelo Correio da Kianda, alguns acreditam na esperança de dias melhores, enquanto que outros, vaticinam dias piores, tendo em conta a pandemia que ainda assola o mundo e, consequentemente, a crise financeira que o país ainda atravessa.

De João Lourenço, enquanto Presidente da República e mandatário número um do país, os cidadãos ouvidos pelo Correio da Kianda, esperam políticas sociais que venham minimizar o tão sofrimento, pelo qual muitos angolanos enfrentaram, neste ano de 2020.

Alto índice de desemprego, custo de vida cada vez mais alto, índice de criminalidade cada vez maior foram, entre outros, os apelos deixados pelos cidadãos entrevistados por este jornal, que esperam de João Lourenço políticas concretas que possam minimizar a situação actual.

“Atendendo o ano de preparação para as eleições gerais de 2022, não tenho dúvidas que o Governo de João Lourenço tudo fará para minimizar a situação actual em que o país encontra-se mergulhado”, disse Alfredo Safeca Capiandalo.

“Não acredito que 2021 venha trazer soluções boas para nós angolanos. O nosso país, até mesmo no tempo em que o petróleo era cem dólares, o povo sempre foi posto em segundo lugar. Por isso, tenho pouca esperança nesse Governo”, disse um outro interlocutor.

Nesta quinta-feira, em mensagem de fim de ano apresentada pelo Chefe de Estado, João Lourenço reconheceu as dificuldades vividas no ano findo, no seu discurso aos angolanos, expressou esperança de dias melhores, acreditando que 2021, venha a ser um ano da retoma económica e de levantamento das cercas sanitárias.

Por: Dumbo António