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O que esperar do discurso de João Lourenço nas Nações Unidas?

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O politólogo Almeida Pinto considera que o discurso do Presidente da República, João Lourenço, esta segunda-feira, na abertura do debate da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, deverá reafirmar o compromisso de Angola e de África com a paz, o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável.

Segundo Almeida Pinto, João Lourenço, que participa na reunião magna das Nações Unidas na dupla qualidade de Chefe de Estado angolano e Presidente em Exercício da União Africana, deverá também destacar a situação socioeconómica do país e do continente, a aposta na industrialização africana e a necessidade de reforço da coesão e unidade.

Outro ponto que poderá marcar a intervenção, de acordo com Almeida Pinto, será a posição da União Africana relativamente ao julgamento do ex-Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, acusado de crimes de traição, cuja condenação prevê a pena de morte convertida em prisão perpétua. Para o especialista, este processo “pode comprometer a pacificação da região”.

O Presidente da República e Presidente em Exercício da União Africana, João Lourenço, defendeu hoje, em Nova Iorque, durante a mesa redonda de alto nível Nações Unidas – União Africana, o papel central do sector privado na viabilização do potencial económico do continente africano, sublinhando que África “não deve ser vista apenas como o continente do futuro, mas como uma realidade presente de crescimento e de oportunidades”.

No seu discurso, o Chefe de Estado destacou que a criação de um ambiente de negócios favorável, através da modernização de infraestruturas, da boa governação, da estabilidade macroeconómica e da desburocratização, tem permitido aumentar a atractividade do continente para investimentos sustentáveis.

Entre os pontos centrais, o Presidente destacou a importância da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), que integra mais de 1,3 mil milhões de consumidores e representa um Produto Interno Bruto superior a 3 biliões de dólares. Para João Lourenço, a ZCLCA constitui “a maior oportunidade económica do nosso tempo”, capaz de dinamizar a industrialização, gerar emprego qualificado e consolidar cadeias de valor regionais.

Conforme divulgamos anteriormente, durante a sua estadia em Nova Iorque, João Lourenço vai manter encontros bilaterais com Chefes de Estado e de Governo de várias regiões do mundo e participará em reuniões de alto nível sobre alterações climáticas e financiamento para o desenvolvimento.

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