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Opinião

O mundo surreal sustentado pelas redes sociais

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Quando em 2009 fui contaminado pela febre das redes sociais andava longe de imaginar que treze anos depois, seriam estas mesmas redes sociais responsáveis pela ampliação de surreais sonhos…

Transformada em estrela das redes sociais, a Senhora Tchizé dos Santos, à par de outras tantas figuras, acaba por ser a personificação de um ser humano cuja crença na “sua” realidade e verdade absoluta, tolhe a capacidade de vivenciar a realidade objectiva.

Nos últimos dias, assumida apoiante e cabo eleitoral da Unita, Tchizé dos Santos não se coíbe se recorrer à mentira para captar votos para o seu novo par.

Quando aparece pelo “seu” mundo virtual com áudios e vídeos em que assume que vai votar na Unita, finge esquecer que ela própria, a Tchizé dos Santos, não vai votar em partido algum…não vai votar nem participar nas eleições de 24 de Agosto de 2022 porque, foragida da justiça angolana, a Senhora Tchizé dos Santos, a viver entre o Reino Unido e o Reino de Espanha, a mesma, sequer actualizou o seu registo eleitoral. Não o fez no Reino Unido porque como até afirmou nas redes sociais, não coloca os pés em nenhuma instituição do Estado angolano nem o fez no Reino de Espanha que é um dos países em que os angolanos aí residentes não vão votar.

A pergunta que não me canso de a mim mesmo fazer é: Se ela, a Tchizé, hoje mostra-se tão interessada na promoção de uma alternância no poder, porquê que se furtou à realização do registo eleitoral oficioso? E pergunto mais: consciente de que ela não vai votar, porquê que mente (com todos os dentes que tem na boca) ao povo angolano dizendo que vai votar na Unita?

Num hipotético cenário, e nada desejável, de ter a Unita no poder em Angola, será esta mesma Unita capaz de amnistiar a senhora Tchizé, uma foragida da justiça angolana, consciente de que terá andado por escusos caminhos que lhe proporcionam hoje a abastada vida que não se cansa de exibir nas redes sociais?

Não me parece que quem hoje se assume em condições de governar Angola queira desculpar e incentivar o saque, como parece ser evidente que ocorreu em Angola, com inquestionável e até injustificável participação activa da Tchizé dos Santos.

Angola merece que os seus filhos exerçam cidadania. Votar é um direito que assiste a todos nós e agora em 24 de Agosto, pela primeira vez, até os angolanos residentes no estrangeiro, desde que tenham actualizado o seu registo eleitoral, vão poder votar.

A foragida da justiça angolana, Tchizé dos Santos, furtou-se também ao registo eleitoral numa atitude de autêntico desprezo por Angola e pelos angolanos… Não pode ser sério, vir agora mentir




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