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“O Luanda Leaks sou eu”, afirma hacker português

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O hacker português Rui Pinto assumiu, esta segunda-feira, 24, no julgamento do processo Football Leaks, a responsabilidade pela obtenção da informação sobre o caso Luanda Leaks.

“O Luanda Leaks sou eu”, resumiu esta tarde o criador da plataforma electrónica e principal arguido do processo Football Leaks, que explicou que o interesse por Angola já vinha de trás e materializou-se com o acesso ao sistema informático da sociedade de advogados PLMJ, nomeadamente, através da caixa de correio electrónico da advogada Inês Pinto da Costa, que tinha a seu cargo as questões referentes à empresária Isabel dos Santos.

De acordo com Rui Pinto, a divulgação dos Malta Files, em Maio de 2017, expôs um conjunto de informações sobre sociedades pertencentes a Isabel dos Santos e que estas estariam associadas à advogada da PLMJ.

“Nessa altura, já tinha um grande interesse nas questões relativas a Angola. Seguia as denúncias de Ana Gomes e do jornalista Rafael Marques”, recordou o arguido na sessão de ontem, no Juízo Central Criminal de Lisboa.

“[Esse material] foi levado a jornalistas logo naquela fase, quando obtive os primeiros documentos relativos a Isabel dos Santos, em 2017. A preocupação foi fazer a análise dessa informação”, observou Rui Pinto.

Rui Pinto, de 34 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República portuguesa (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de Agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de protecção de testemunhas em local não revelado e sob protecção policial.

Com Lusa




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