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Novo presidente argentino cumpre promessa de retirar país do BRICS

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Durante a campanha das eleições presidenciais deste ano, Javier Milei tomou por comunistas boa parte dos países membros do BRICS, e avisou que se fosse eleito presidente rejeitaria a adesão do seu país àquele bloco, cujo pedido havia sido formulado pelo então governo de Alberto Fernández. Entretanto, por cumprir, ainda no quadro internacional, a mudança da Embaixada da Argentina em Israel de Telavive para Jerusalém.

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, enviou, nesta semana, uma carta aos cinco Chefes de Estado dos países que integram o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), informando sobre a decisão de retirar o seu país da lista de Estados que hão de ser ‘incorporados’ no referido bloco geopolítico a partir de Janeiro próximo (2024).

De referir que a Argentina faz parte de um grupo de países como o Irão, a Arábia Saudita, o Egipto, Etiópia e os Emirados Árabes Unidos, que formulou um pedido de adesão ao BRICS, e que foram aceites na XV Cimeira do organismo realizada na África do Sul em Agosto deste ano.

Entretanto, já nesse período, com a campanha eleitoral das presidenciais da Argentina ao rubro, vários candidatos manifestaram-se contra a possibilidade de o país sul-americano aderir àquele bloco, tendo Milei se destacado entre os críticos.

Peremptório, Javier Milei tomou por comunistas boa parte dos países membros do BRICS, e avisou que se fosse eleito presidente rejeitaria a adesão, cujo pedido havia sido formulado pelo então governo de Alberto Fernández. Além da garantia do corte de relações com o BRICS, Milei, que não esconde sua tendência de estreitamento de relações com os Estados Unidos, prometera igualmente mudar a Embaixada da Argentina em Israel de Telavive para Jerusalém.

A adesão da Argentina ao grupo em que faz parte o seu vizinho Brasil, é fortemente contestada não só pelo facto de ser um bloco que não partilha os valores da democracia, mas também pela presença do Irão, país tido como responsável pelos ataques terroristas ocorridos na Argentina entre 1992 e 1994.

Por exemplo, a Justiça em Buenos Aires não tem dúvidas quanto a participação dos ataques do Irão quer no ataque terrorista contra a Embaixada de Israel na Argentina, em Março de 1992, quer contra a Associação Mutual Israelense Argentina, em Julho de 1994, este último que terá deixado um rasto de destruição brutal e 115 mortos, além de centenas de feridos.

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