Desporto
Novo Mundial de Clubes da Fifa vai ter 24 equipas e durar 18 dias
A FIFA está a preparar um formato renovado do Mundial de Clubes para 2021 que contaria com 24 equipas participantes e se disputaria a cada quatro anos em apenas dezoito dias.
Fontes ligadas ao processo avançaram hoje à EFE que o novo torneio se realizaria em três fins-de-semana distribuídos nos meses de junho ou julho, datas disponíveis no calendário de jogos internacionais, levando em conta as “altas reivindicações” existentes tanto de jogadores como de clubes.
Com a modificação de passar de um ano a quatro, a competição ganharia o “prestígio” dos maiores torneios internacionais, como os Mundiais de seleções, e não iria interferir no calendário das competições domésticas da maioria de países, especialmente na Europa.
Os clubes participantes dividiriam-se em oito grupos de três, dos quais os primeiros classificados acederiam diretamente aos quartos de finais sem necessidade de desempates.
Na nova proposta, a quantidade de jogos reduz-se de 48 a 31, com o vencedor a disputar apenas cinco encontros a cada quatro anos e o resto de equipas um mínimo de dois.
Este modelo iria substituir o atual Mundial de Clubes, que conta com um “formato incómodo” e “atenção reduzida” por parte do público, e a Taça das Confederações de seleções, uma competição vista por muitos como “irrelevante”.
A FIFA considera que a renovada competição seria “mais inclusiva” e “extremamente atrativa” para jogadores, treinadores, árbitros, adeptos, meios de comunicação e patrocinadores devido ao confronto entre os melhores clubes do mundo, o que asseguraria a “imprevisibilidade” do ganhador.
A data proposta de início, segundo o projeto do organismo, é o verão de 2021, quando não se poderá realizar a prevista Taça das Confederações do Catar devido à impossibilidade da prática de futebol nesse país por causa das altas temperaturas.
Se for em frente, alguns elementos poderiam aplicar-se a partir do Mundial de Seleções de 2026, o primeiro que irá contar com 48 conjuntos nacionais, especialmente nos referidos ao formato de grupos de três equipas, uma vez que evitariam a comparação de resultados em caso de empates na pontuação.
A Fifa entende que este formato é uma via, e talvez a única, para “evitar ou criar verdadeiras dificuldades” a uma futura Super Liga de clubes europeus, um modelo de torneio polémico que diminuiria o nível de competição nas atuais ligas europeias.
EFE