Novas tarifas de Trump intimidam agricultores sul-africanos

A partir desta quarta-feira, 09, começam a vigorar as novas tarifas de 30% que serão impostas à África do Sul pelo governo dos EUA.

Segundo um grupo de agricultores,  35 mil empregos no sector de cultivo de frutas cítricas do país e as economias de cidades inteiras, estão ameaçados.

De acordo ainda com os agricultores, as tarifas provavelmente fariam com que as frutas cítricas sul-africanas custassem US$ 4,25 a mais por caixa para os consumidores americanos.

“A nova tarifa, que começa a vigorar na quarta-feira, serão profundamente prejudiciais à maior exportação agrícola da África do Sul”, disseram.

Além da África do Sul fornecer frutas cítricas para o mercado dos EUA quando elas estão fora de temporada lá, aquele país africano envia ainda cerca de 5 a 6 por cento de suas exportações de frutas cítricas para os Estados Unidos, o que representa mais de 6,5 milhões de caixas por ano.

Dados da Organização Mundial dos Citros colocam a África do Sul como o segundo maior exportador de laranjas, atrás da Espanha, e o quarto maior exportador mundial de frutas cítricas macias.

Os cortes de Trump na ajuda externa dos EUA removeram financiamento significativo do programa de SIDA da África do Sul, que é o maior do mundo e trata cerca de 5,5 milhões de pessoas.

Trump também emitiu uma ordem executiva interrompendo outros financiamentos federais para a África do Sul sobre o que ele disse ser maus-tratos do governo sul-africano aos fazendeiros de minorias brancas, muitos dos quais agora podem ser impactados negativamente por suas novas tarifas.