Politica
Novas mexidas na UNITA chamam atenção do partido no poder MPLA
As províncias de Benguela e Huambo são as mais cogitadas no seio do partido dos camaradas, como as que poderão contar, nos próximos dias, com governadores mais acutilantes, intervenientes e congregadores, numa altura em que se aproximam as eleições gerais, previstas para o próximo ano, e por serem consideradas como as maiores praças eleitorais depois de Luanda.
Segundo avançou, no princípio da tarde desta quinta-feira ao Correio da Kianda, uma fonte ligada ao partido dos camaradas, dentre os nomeados pelo presidente da UNITA, os novos secretários provinciais do galo negro no Huambo e Benguela, destacam-se entre os que mais chamaram atenção da direcção do MPLA, por serem figuras populares e interactivas.
Como resposta às nomeações de Adalberto Costa Júnior, nas províncias do Huambo e Benguela, o MPLA começou a sondar os futuros substitutos de Rui Falcão em Benguela e de Lotti Nolika, na província do Huambo.
“A nomeação da Navita Ngolo para secretária da UNITA no Huambo e de Adriano Sapinãla em Benguela, despertou o MPLA e chamou atenção no partido. Foi tema de conversa para muitos militantes do nosso partido hoje quinta-feira”, confidenciou, um militante sénior do MPLA ao Correio da Kianda, que falou sob condição de anonimato.
Com as movimentações feitas por Adalberto Costa Júnior no seu secretariado, analistas falam em uma disputa eleitoral entre os dois partidos rivais, nas províncias de Benguela e Huambo, como as que poderão ser as mais renhidas no país, depois de Luanda, a julgar pelo calibre de mobilização dos novos secretários do galo negro, recentemente nomeados.
Cucoba Paulo André, jurista e professor universitário, considera estarem os partidos políticos no país em fase de afinação das suas massas militantes, e olha para o MPLA, como sendo actualmente o partido mais preocupado, tendo em conta a queda de percentagens de votos de confiança que o eleitorado foi perdendo ao longo destes três anos de governação de João Lourenço, marcado por muitas dificuldades no seio das familias angolanas.
Por: Dumbo António