Connect with us

Mundo

Nova variante do coronavírus pode ter infectado cidadãos de vários países europeus

Published

on

A nova variante do coronavírus detectada no Reino Unido pode já ter infectado cidadãos de vários países europeus, afirmou, neste domingo, 20, o professor de fármaco-epidemiologia da Universidade de Oxford Daniel Prieto-Alhambra.

Cerca de 20 milhões de pessoas estão confinadas desde ontem em Londres e respectiva região metropolitana, devido ao aumento de infecções com covid-19, aparentemente devido à mutação que torna o vírus mais contagioso, situação que o Reino Unido já comunicou à Organização Mundial de Saúde (OMS).

Prieto-Alhambra, em entrevista à rádio RAC1, explicou que há um mês que se fala no meio científico sobre uma possível mutação do vírus, que agora seria mais contagiosa, alteração essa que teria sido detectada em vários países europeus.

O especialista considera que ainda é muito cedo para perceber se esta mutação é a causa do aumento repentino de casos em Londres, Alemanha, Itália ou Espanha, embora tenha avançado que é quase certo que já está presente em vários países europeus.

Prieto-Alhambra, também membro do conselho de peritos que assessora a Agência Europeia de Medicamentos sobre as novas vacinas contra o vírus, explicou que os primeiros indícios sugerem que a alteração ocorreu na proteína S do vírus, o que lhe permite adaptar-se melhor e, consequentemente, ser mais contagioso.

Se as pesquisas confirmarem esse facto, Prieto-Alhambra defende que será necessário vacinar mais pessoas do que as previstas para alcançar a chamada imunidade de grupo.

Por outro lado, destacou, se já houver mais infectados, embora assintomáticos, do que os estudos agora indicam, “estão a ser desperdiçadas vacinas” com pessoas já infectadas.

Prieto-Alhambra prognostica que, em todo caso, não será possível afirmar que a pandemia estará controlada dentro de meio ano e pediu que todas as pessoas sejam vacinadas. “É mais certo obter imunidade sendo vacinado do que infectado”, acrescentou.

Defendeu também que a vacinação comece pelos idosos e trabalhadores de sectores essenciais, especialmente do sector da saúde, porque daí resultarão menos internamentos devido à covid-19 e a diminuição dos óbitos.

Relativamente à vacina russa, o professor catedrático lamentou “o problema de transparência” com que foi desenvolvida, o que torna difícil saber “se se fizeram atalhos”, o que não aconteceu com as restantes.