Politica
Nova direcção da TV Palanca suspende “Angola Urgente” sem aviso prévio
Três dias depois de ter sido entregue formalmente à tutela do Estado, fiéis telespectadores e funcionários da TV Palanca foram surpreendidos, na tarde desta segunda-feira, 31, com a retirada do ar do programa com maior audiência daquela estação, “Angola Urgente”, sem um aviso prévio aos telespetadores, nem mesmo aos funcionários, segundo apurou o Correio da Kianda.
O Correio da Kianda soube ainda de fontes que, inclusive o apresentador Guilherme da Paixão, também não terá sido oficialmente notificado da suspensão.
Convidado a falar sobre o assunto, o jornalista Ilídio Manuel, no seu entender, considerou a suspensão do programa de informação com maior audiência em matérias de denúncias, daquela emissora que tem as instalações localizadas na zona do Benfica como “censura”, por estarem a aproximar-se as eleições.
“É uma censura, no quadro da ‘lei da rolha’, e o cenário será pior ainda até as eleições”, disse.
Os avanços e recuos em matéria de liberdade de imprensa na nova era de governação, tem sido questões que, nos últimos tempos, têm se tornado tema de acesos debates por parte de profissionais de comunicação. Na província do Huambo, por exemplo, recentemente o Governo local foi acusado de censurar a comunicação social, após emitir uma directiva que obriga os medias a submeter o seu planeamento informativo à Direcção Provincial da Comunicação.
Desde a entrega formal ao Estado, cessaram as funções os antigos administradores que integravam o antigo Conselho de Administração da Interactive Empreendimentos e Multimédia Lda, estando agora a integrar a Comissão de Gestão, nomeados pelo ministro da Comunicação Social, Francisco José Mendes, Zurema Rosana de Oliveira Rodrigues Dias e António Sebastião Lino, nos cargos de coordenador-geral, coordenador da TV Palanca e da Rádio Global, respectivamente.