Nomeação de militantes ao invés de tecnocratas resulta em má governação, afirma analista

O politólogo Almeida Pinto disse esta quinta-feira, 16, à Rádio Correio da Kianda, que a falta de iniciativa e liberdade de muitos gestores públicos concorrem para a actual ineficácia das políticas públicas no país.

O especialista apontou a indicação e nomeação de militantes de partidos políticos, ao invés de tecnocratas, como o resultado da má governação que se vive em Angola.

O comentador desta estação emissora defendeu, por outro lado, a necessidade de se gizar um programa de treinamento profissional intensivo a muitos gestores públicos, sob pena de criar danos decorrentes da falta de capacitação ou habilidade, que podem resultar na não satisfação do cidadão.

E o especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, defende a necessidade de os servidores públicos cultivarem o hábito de boa governação.

Duro, disse que mais do que cumprir apenas o plasmado na lei, os governantes precisam ter essa premissa como cultura, para satisfação da colectividade.

O especialista reiterou, igualmente, a necessidade de criação de um plano director para cada unidade territorial do país.

Outro especialista, Adão Baião, propôs a realização de concursos para a selecção de administradores municipais.

Encerrou nesta quinta-feira, 16, numa das unidades hoteleiras de Luanda, a Conferência Nacional sobre Boa Governação, realizada desde esta quarta-feira, pela Inspecção Geral da Administração Pública (IGAE).

O evento juntou administradores municipais, ministros, académicos, juristas e gestores públicos de todo o país, e debateu essencialmente temas relacionados com as boas práticas na administração Pública.