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No poder há apenas dois meses, João Lourenço dá folga à dívida pública

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As obrigações angolanas com maturidade em 2025 recuaram 8%, a melhor performance no índice de mercados emergentes da agência Bloomberg.

A dívida de Angola tem beneficiado da mudança de presidência. Em apenas dois meses, desde que João Lourenço chegou ao poder, os 1,5 mil milhões de dólares em obrigações com maturidade em 2025 recuaram 8%, a melhor performance no índice de obrigações Barclays Emerging Markets USD Sovereign Bond Index da agência Bloomberg.

O valor fica bastante acima dos 0,3% médios das Eurobonds emitidas pelos 70 governos de mercados emergentes incluídos no índice e prende-se não só com a mudança de poder, mas também com a subida média de 5% dos preços do petróleo no mesmo período, numa economia quase totalmente dependente da matéria-prima.

“Embora se possa apontar para a ebulição do mercado devido ao aumento dos preços do petróleo como factor subjacente para a tendência dos títulos, o mercado pode estar a ficar mais construtivo nas perspectivas políticas”, disse o director de estratégia quantitativa do Standard Bank, Dmitry Shishkin, à agência Bloomberg.

O governo “atingiu algumas notas certas, apontando para um desejo de melhorar a sustentabilidade da dívida, cortar algumas despesas, emitir outra Eurobond e continuar com a reforma da Sonangol”, acrescentou.

O presidente João Lourenço, de 63 anos, que sucedeu a José Eduardo dos Santos na liderança de Angola, já substituiu os líderes do Banco Central de Angola, da petrolífera estatal Sonangol e da empresa de diamantes Endiama. Outra medida vista como revolucionária foi a abertura do sector das telecomunicações a maior competitividade.

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