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Politica

“No país nunca mais haverá conflitos armados e nem guerra” – assegura Kamalata Numa

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O partido UNITA realizou ontém, sábado, em Luanda, uma marcha denominada “marcha da liberdade”, para repudiar os resultados definitivos divulgados pela CNE que deram vitória ao MPLA com 51%. De acordo com uma nota a que o Correio da Kianda teve acesso, a manifestação visou também, exigir a liberdade, a democracia plena, pela defesa da vida e direito humanos em Angola.

A propósito o Correio da kianda ouviu o secretário Nacional dos antigos combatentes e veteranos da Pátria da UNITA, general Abílio Kamalata Numa, para saber até que ponto faz sentido a realização da marcha, visto que os parlamentares da UNITA tomaram posse a Assembleia Nacional e o Presidente do Galo Negro  tomou posse como membro do Conselho da República. O dirigente disse que “faz sim sentido”, porque “o nosso ordenamento jurídico estabelece uma ordem, e dentro dela, os cidadãos podem realizar protestos.

Kamalata Numa diz que a marcha já havia sido agendado para após a divulgação dos resultados eleitoral, mas devido o contingente das forças de segurança que se verificava em Luanda, teve de ser adiada.

“Não se fez na devida altura porque situação era muito tensa, havia tanques de guerra, e evitou-se para que se chegasse a um ponto de rotura”, esclarece.

O experiente militar entende que neste momento o ambiente político em Luanda, está mais calmo, para os cidadãos dizerem ao governo e às instituições bem como ao Tribunal Constitucional e a CNE “que estamos aqui”.

Kamalata Numa realça que o que aconteceu nestas eleições não deverá acontecer mais no futuro, assegurando que todos os militantes e simpatizantes da UNITA estiveram preparados para participarem da marcha deste sábado, e manifestaram o seu desagrado contra a actuação da CNE que não respeitou a lei, e TC que violou a própria lei, bem como executivo que colocou as forças armadas para atingir os seus objectivos.

“O MPLA que estava tão lá muito a vontade, hoje sente-se ameaçado. Neste momento não podemos brincar com fogo desnecessários quando se sabe que estamos próximos para inverter o quadro da situação política em Angola”.

Numa diz ainda que “a UNITA ao aceitar a tomada de passe dos seus parlamentares e o Presidente no Conselho da República, não quer demonstrar quem é o mais forte ou mais fraco, isso é jogo de inteligência, onde se ganha sem o recurso das armas e sem fazer guerra”.

De acordo com o partidário, a sua formação política continua a afirmar que não reconhece os resultados eleitorais divulgados pela CNE.

“Aqui há dois momentos: Ou você aceita fazer a luta legal, luta democrática, a luta nas instituições, ou você faz guerra”, sublinhou, avançando que “o país está maduro para perceber que aqui só há uma força armada, e essas forças armadas não devem repetir o que aconteceu no passado, estando ao lado do povo e da verdade. Aqui nunca haverá mais conflitos armados e nem mais guerra”, enfatiza o general na reserva.