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No dia da RNA o Correio da Kianda dá-lhe a conhecer a Jornalista Neusa e Silva, uma das vozes e rosto do Jornalismo Económico Angolano

Criadora e Diretora editorial da Marca e do Programa Radar Económico, para rádio e TV, atualmente emitido recentemente pela TPA1 e pelo seu Canal Youtube, e Autora do blog económico neusaesilva.blogspot.com, a jornalista Neusa e Silva defende que: “Enquanto profissionais, cada um de nós na sua área de actuação e formação tem o dever de inovar e se reinventar para oferecer um trabalho de excelência… Numa altura em que o nosso executivo está completamente virado para a Diplomacia Económica e combate aos crimes de cariz económico, é urgente que se invista mais em programas virados para a Literacia Financeira dos Angolanos

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Á 24 de Julho de 2018 estreou na televisão pública de Angola o programa sobre Economia – Radar Económico. Na direção editorial e apresentação esteve a Jornalista Neusa e Silva, licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Independente de Angola, com especialização em produção, redação, realização e apresentação de conteúdos para TV e Rádio pela ETIC – Escola Técnica de Imagem e Comunicação de Lisboa/ Portugal. A mesma também frequentou o curso Profissional de Jornalismo Informativo em Rádio, administrado pelo Cenjor-Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas de Portugal, bem como o Curso de Produtos e Serviços Bancários administrado pelo IFBA.

É autora do blog sobre economia neusaesilva.blogspot.com, criado em 2016 e registado no Diretório Blogs Portugal, onde já ocupou a 3.ª posição em um ranking de 131 blogs. Apaixonada por rádio desde os seus 15 anos, deu início a sua carreira como jornalista somente aos 32 anos,

Em 2013 criou a sua própria plataforma podcast https://soundcloud.com/nesilva-silva (transmissão de rádio via internet) onde tem disponíveis várias reportagens e grandes entrevistas

Iniciou a sua carreira como jornalista na Rádio UNIA em 2013, e graças ao Dr Africano Neto, na altura Decano do curso de Ciências da Comunicação na sua Universidade, passou a posterior para a Rádio Nacional de Angola área de Programas e de Economia, onde chegou a editar e apresentar o Jornal Económico Diário.

Hoje apenas com 5 anos de carreira, criou o seu próprio programa Económico em Rádio e TV denominado por Radar Económico registado como sua propriedade Intelectual pelo IAPI, tendo emitido cinco edições na TPA1.

Além de acumular no seu percurso profissional a passagem pela Direção de Programas e de Economia da RNA, onde trabalhou diretamente com o saudoso Dr. Pedro Chitas, partilhando a edição e apresentação do Jornal económico diário, apresentou o 1.º programa de Literacia Financeira do Banco Nacional de Angola “ABC da Educação Financeira”, e também a campanha do primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola 2013/2017.

Considerada por muitos como um exemplo de Autossuperação e persistência, é a primeira jornalista em Angola a idealizar, produzir e apresentar o seu próprio programa de especialidade em televisão nacional de forma independente. A jornalista aceitou o nosso convite para falar do seu percurso profissional.

O que é este na base da criação do seu próprio programa de Informação económica e Literacia Financeira?

R: Antes de mais devo agradecer a oportunidade que me foi dada, para estrear o Radar Económico na TPA1, foi a concretização de um projecto, um sonho que pensava conseguir realizar apenas quando atingisse aí os meus 50 anos ou mais… ( Risos), vários factores completamente alheios a minha vontade obrigaram-me a parar, mas com certeza muito brevemente voltaremos a ter o programa no ar…onde ainda não posso adiantar, mas com certeza vamos ter.

Entretanto, é de louvar a mudança que houve na Gestão dos principais Órgãos da Comunicação Social. Penso que foi determinante, para que pudesse haver um olhar mais atento para a capacidade de alguns jovens jornalistas como eu e muitos outros, que beneficiam desta confiança por parte dos órgãos a que estão afetos.

Estou a trabalhar para e espero compensar o mais cedo possível, todas as pessoas que se dedicaram ao projecto, e que por falta de investimento não foram recompensadas como merecem, por todo tempo, empenho e dedicação, estou a falar de pessoas como o Leonel Kanik, o Sorte, a Soraia Magalhães, a Alice, o Renato, a Henda, o Carlos Teixeira, o Zix, o Edivaldo e muitos outros.

A nível profissional o que poderá representar na sua vida a concretização deste projeto?

Ter conseguido criar um projecto com este nível de aceitação, fez-me colocar a mim mesma o desafio de maturar este e outros projectos em rádio, tv e agora estrear-me na imprensa escrita, isto sem sombras de dúvidas assinala o ponto de partida para outros projetos igualmente desafiantes no mercado nacional e internacional onde já tenho vindo a efetuar alguns contactos que têm sido positivos

Penso que numa altura em que o esforço tanto a nível do próprio executivo, como da sociedade em geral, está direccionado para a captação de recursos que conduzam à dinamização da tão almejada diversificação da nossa economia, é muito importante que se fale mais sobre o seu funcionamento, Mercados Financeiros, Bolsa de Valores e sua importância na economia de um País, sobre o sector de Seguros e fundo de Pensões, porque estes acabam por ser os sectores que, dependendo do uso e importância que se lhes for atribuído, poderão estar na base do melhoramento de outros sectores da nossa economia.

Devo igualmente agradecer as instituições como a Bodiva e a CMC que prontamente abriram as portas para o Radar Económico, assumindo-o como uma plataforma para veicular conteúdos de Literacia Financeira sobre os mercados e comportamento dos membros da Bodiva. É muito importante esclarecer o cidadão sobre o funcionamente destas duas instituições , uma vez que o próprio executivo colocou à Bodiva o desafio da privatização e financiamento de algumas empresas públicas através do futuro seguimento da Bolsa de Valores o mercado de acções.

Como surgiu o gosto pelo jornalismo económico?

Trabalhar na área do jornalismo económico não foi algo premeditado… surgiu naturalmente. Primeiro com o convite do saudora Dr Pedro Chitas para apoiar a direção de economia da RNA, e depois como voz para do programa Minuto BAI, que me levou ao casting em que fui selecionada para apresentar do ABC da Educacão Financeira um programa de Literacia do Banco Nacional de Angola.

Que avaliação faz da economia nacional? E sobre a situação actual?

Penso que estamos numa fase de transição onde já se fazem sentir os efeitos e as melhorias resultantes das novas políticas económicas adotadas pelo novo executivo.

Mas considero que somos felizardos, porque temos um país novo ainda com muito por explorar nos diversos setores, muito rico; para quem tem realmente vontade de trabalhar, ajudar o pais a desenvolver, criar, inovar… sempre aparece alguma coisa para fazer, e claro contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país.

Agora acho triste o fraco papel que os órgãos de comunicação desempenham neste processo, com o seu alcance, penso que devíamos ter mais programas de Literacia na área da Banca, Investimentos, Seguros, Negócios, Economia.

Criou o Programa Radar Económico! Fale um pouco mais sobre o mesmo e qual era o seu objetivo ao criar este programa?

A pensar no actual clima e melhoria do ambiente de negócios que Angola atravessa, foi criado o programa Radar Económico com o objetivo de este assumir-se, indubitavelmente, como uma plataforma que tem por intuito a partilha das oportunidades de negócios e desenvolvimento e cooperação entre estruturas de representação associativa dos países-membros da CPLP, e não só de forma a criar as condições para o desenvolvimento de negócios no quadro dos espaços económicos onde estão inseridos os países daquela comunidade.

​Foi a pivô do programa ABC da educação financeira do BNA na TPA1, acha que a crise poderá tornar os Angolanos mais poupados ou nem por isso?
O que poderá, ajudar na educação financeira dos angolanos é o conhecimento. Daí a importância das pessoas conhecerem, como funciona o sistema financeiro do nosso país e mesmo os internacionais. No âmbito institucional e corporativo, há todo um compliance que devem ser levados mais a sério, para fazer cumprir as normas legais e regulamentadas uma vez que estamos numa aldeia global, o desenvolvimentos das economias estão diretamente ligadas umas as outras.

Quais são as suas metas a nível profissional a médio e longo prazo?

Para já, penso que será muito importante reestruturar-me melhor, e dar seguimento ao estabelecimento de algumas parcerias em rádio e tv. Ao se concretizarem passam por ter a nossa própria plataforma de conteúdos sobre literacia Financeira, Mercados Financeiros, economia com foco para os países de África, e com certeza partilhar conhecimento sobre aspectos práticos ligados a captação, edição e tratamento de conteúdos em rádio e tv

A longo prazo, espero internacionalizar os nossos conteúdos, porque tem havido já muita procura por conteúdos de África e mais propriamente de Angola, desde o turismo, o nosso artesanato, a culinária e um sem fim de factores que fazem de nós únicos e seria um orgulho produzir conteúdos que possam engrandecer a imagem de Angola aos olhos do mundo.