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“No contexto angolano, devemos estar sempre abertos ao trabalho em equipa”
Reginato Tomás revela-se como um talento emergente, que nasceu de uma paixão genuína pela comunicação e pela expressão artística. A sua jornada arrancou com a criação de conteúdos para o YouTube, evoluiu naturalmente para o domínio da edição de vídeo, até se transformar num projecto de vida com elevadas ambições profissionais, uma vasta rede de contactos e abertura para o trabalho em equipa.
Já explorou outros caminhos mais convencionais, como foi o caso da gestão de empresas, mas é na linguagem audiovisual que encontra propósito, autenticidade e a possibilidade de desenvolver uma estética profundamente enraizada na identidade africana. A maturidade emocional tem permitido ao artista navegar os desafios da indústria, especialmente num contexto onde o acesso a recursos técnicos e humanos é ainda limitado.
Natural de Benguela, considera que a Academia da MultiChoice Talent Factory (MTF), uma iniciativa de responsabilidade social da DStv Angola, é uma porta de entrada no mercado cinematográfico regional e espera, até ao final da formação, conectar-se com vários profissionais africanos.
Mais do que ser apenas um contador de histórias, o filmmaker pretende moldar percepções, promover a aceitação e fortalecer a autoestima colectiva, através de narrativas que reflectem a cosmovisão e os hábitos da comunidade angolana. A abordagem do artista ao storytelling é marcada por sensibilidade cultural, consciência social e um desejo de emancipação simbólica, atributos que o tornam um agente de transformação no panorama audiovisual angolano.
Reginato acredita que a Academia da MTF agrega valor profissional significativo porque dá acesso a uma comunidade criativa diversa e a novas ferramentas técnicas, associadas a oportunidades de mentoria com especialistas da indústria. Mais do que uma formação, o programa representa um espaço fértil para que o talento possa expandir-se e para que seja possível transformar a paixão em impacto real.
Inspirado por realizadores angolanos como Denis Miala, Elison Bartolomeu e Carlos Missange, pretende fazer parte da construção de um cinema angolano mais plural, ousado e representativo. O sonho de colaborar no futuro em produções como o filme angolano ‘Moça’ ou a famosa série ‘Adolescence’, revela ambição, foco e conexão real com as narrativas que definem a sua geração.
Dois angolanos entre os seleccionados da Multichoice Talent Factory 2025/2026