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Naufrágio faz 62 mortos na costa italiana
Pelo menos 62 migrantes perderam a vida em consequência do naufrágio ocorrido ao largo da costa da Calábria, no Sul de Itália, este domingo, 26, após o barco de madeira em que seguiam se ter partido, devido ao mau tempo.
Na embarcação, seguiriam entre 100 a 200 pessoas, de acordo com os 80 migrantes resgatados com vida.
Entre as vítimas, conta-se um recém-nascido e pelo menos 12 crianças. As buscas por dezenas de vítimas continuaram durante toda a noite e mais três corpos foram recuperados esta manhã, de acordo com a agência de notícias Ansa. Quatro alegados traficantes estão já a ser investigados, e pelo menos três já terão sido detidos.
Gaetano Lombardo, da polícia italiana, salientou que “durante as operações foi identificado um alegado traficante, através do trabalho de uma patrulha Carabinieri”, referindo que estão atualmente em curso investigações para apurar “a responsabilidade de outros três alegados traficantes, também de nacionalidade turca, que se encontram atualmente em fuga”.
O ministro do interior de Itália, Matteo Piantedosi, já visitou o local. O governo de extrema-direita de Giorgia Meloni já prometeu travar o fluxo de migrantes, aplicando, nos últimos meses, uma política cada vez mais dura em relação às migrações.
A chefe do executivo italiano expressou o seu “profundo pesar” pelas mortes e atribuiu a culpa aos traficantes, reiterando o compromisso de prevenir estas tragédias às portas do país.
O Parlamento italiano aprovou recentemente uma lei que força os barcos de salvamento a fazer apenas uma operação de resgate por missão, o que poderá ser prejudicial e aumentar o número de vítimas mortais, em situações semelhantes a esta.
Os corpos das vítimas estão a ser transferidos para um estádio desportivo na cidade mais próxima, Crotone.
De realçar que o barco terá partido da Turquia, há cinco dias. Na embarcação, seguiam cidadãos iranianos, paquistaneses, somalis e afegãos.