Sociedade
“Não vislumbramos nenhuma intenção de se asfixiar o Novo Jornal” – ERCA
O Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) demarcou-se de qualquer responsabilidade de ter que intervir em relação a mudança de gestão do semanário Novo Jornal.
Num comunicado emitido esta sexta-feira, 05, ao qual o Correio da Kianda teve acesso, a ERCA reforça que “as relações empresariais, mesmo sendo do sector da comunicação social, não são da competência da ERCA, mas sim dos órgãos sociais das sociedades e das entidades judiciais competentes em razão da matéria”.
O documento destaca ainda que o Conselho Directivo da organização “não vislumbra nenhuma intenção de se asfixiar o semanário, que é uma peça da WYDE CAPITAL, S.A”, sendo que “a resolução do litígio nas sociedades em causa é da exclusiva competência do Tribunal da Comarca de Luanda”, ressalta.
“Qualquer menção a supostas intenções de cerceamento à Liberdade de Imprensa é extemporânea, pura especulação e tentativa de manipulação da opinião pública”, aponta a nota.
O litígio pela titularidade do Novo Jornal, opôs dois irmãos, os empresários Álvaro Sobrinho e Emanuel Madaleno, este último administra a entidade desde 2015/2016.
Por hora, o Tribunal de Luanda decidiu a favor de Álvaro Sobrinho, retirando a titularidade a Emanuel Madaleno, mas este, insatisfeito, promete recurso.
Como consequência, o até então director do Novo Jornal, que faria quatro anos à frente do semanário, Armindo Laureano, foi suspenso do cargo, tendo sido substituído por André Freire Arroja dos Reis.