Economia
“Não se conhece de concreto quem é o produtor nacional”, diz especialista
Os produtores nacionais vão contar, a partir do mês de Agosto, com a nova plataforma digital “Selo Feito em Angola”, para dar maior visibilidade à produção nacional, anunciou, este sábado, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).
João Nkosi disse, durante a sua intervenção no painel sobre “O Papel do INAPEM no Fomento das Iniciativas de Estímulo à Economia”, à margem da FILDA 2024, que o sítio na Internet vai permitir aos produtores nacionais registar os produtos com o Selo Feito em Angola.
Sobre o assunto, o especialista em Administração e Gestão Pública, Denílson Duro, entende que, a iniciativa é louvável mas, peca pelos elementos estruturais, e, não se conhece de concreto quem é o produtor nacional, para além da iniciativa do INAPEM alegadamente colidir com o portal da PRODESI. Duro, disse também que este portal estaria sob gestão das Administrações municipais para ser inclusivo.
Denílson Duro defende, igualmente, um desenvolvimento com base as unidades de produção local, pelo que, receia que o INAPEM não tenha capacidade de representação ao nível dos Municípios para cadastrar todos produtores nacionais.
João Nkosi disse que a página actual foi montada num contexto bastante desafiador, mas agora já se está em condições de trabalhar num processo inovador, com base em algumas consultas feitas junto de empresas.
Nkosi defende existirem empresas e empresários que gostariam de ter a oportunidade de ter um site que permita a interacção entre o comprador e o vendedor, bem como identificar os produtos com o Selo Feito em Angola.
Actualmente, realçou, existem empresas que, por aderirem ao Selo Feito em Angola, já estão a exportar e a identificar parceiros fora de Angola, com destaque para a República Democrática do Congo (RDC).
FILDA 2024
A Feira Internacional de Luanda encerrou este domingo com um convite especial dirigido às famílias. O economista José Macuva é de opinião que a FILDA 2024, visa reunir empresários nacionais e estrangeiros para além de promover a exposição de tecnologias, produtos e serviços mas, é também um espaço para captação de investimentos tendo em conta as parcerias que podem ser firmadas.
O economista espera que a Feira Internacional de Luanda 2024 traga ao país mais financiamentos para alavancar a economia, para além dos ganhos no aprendizado assim como a captação de investimentos externos.