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Guerra na Ucrânia: “Não queremos confronto com os EUA”, garante embaixador russo

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O embaixador da Rússia nos Estados Unidos da América, Anatoly Antonov, em declarações proferidas na sequência de uma reunião no Departamento de Estado, garantiu que Moscovo não pretende entrar em guerra com Washington, reporta a Sky News.

“Não queremos nenhum confronto entre os Estados Unidos e a Federação Russa. Somos a favor de relações pragmáticas em consonância com o interesse do povo” de ambos os países, garantiu Anatoly Antonov.

A declaração surge após as autoridades norte-americanos terem dado conta de que os caças russos que, esta terça-feira, interagiram com um drone norte-americano que viria a ficar inutilizado terão tentado, por várias vezes, deitar combustível para a frente da aeronave, antes de acabarem mesmo por atingi-la. O aparelho acabou, depois, por cair sobre o Mar Negro.

Acerca da reunião com a secretária de Estado adjunta para a Europa, Karen Donfried, o embaixador russo destacou que a mesma se tratou de uma “conversa construtiva”. E elaborou: “Trocámos as nossas observações sobre a questão porque temos algumas divergências sobre o que aconteceu hoje”.

Isto porque, na óptica de Moscovo, tudo isto não passou de uma “provocação” perpetrada pelas forças armadas norte-americanas.

Questionado pelos repórteres sobre o tema da guerra na Ucrânia foi discutido nesse encontro, Anatoly Antonov manteve uma posição semelhante à que tem sido defendida pelo Kremlin desde o início do conflito: “Não discutimos a guerra na Ucrânia, porque não há guerra na Ucrânia. Há um problema de operação militar especial que é conduzida pela Federação Russa”.

O embaixador russo em território norte-americano ressalvou também que a “finalidade e os objetivos desta operação são absolutamente claros”, tal como já foi explicado pelas autoridades russas “em muitas ocasiões”, argumentou.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de Fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, outras mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).