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“Não há comércio com restrições às viagens aos EUA”, diz presidente da Comissão da União Africana

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O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, disse esta segunda-feira, 23 de Junho, que “não há comércio com restrições às viagens aos EUA” e criticou as tarifas abusivas impostas aos países africanos.

Mahmoud Ali Youssouf falava hoje na cerimónia de abertura da 17ª Cimeira de Negócios EUA-África, que decorre até quarta-feira em Luanda, e alertou para o que considerou como obstáculos aos negócios, aludindo às decisões da administração norte-americana de aumentar tarifas e alargar proibições de viagens a mais 36 países africanos, incluindo os lusófonos Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

“Quando 36 países da África não possuem ou são negados vistos para os Estados Unidos, como pode o comércio desenvolver-se entre as duas áreas? Quando as tarifas são impostas de forma abusiva contra os Estados africanos e, em alguns casos, mais de 40%, como é que os negócios se vão desenvolver?”, questionou.

O responsável da União Africana lamentou também que se tenha posto fim ao AGOA (Lei de Crescimento e Oportunidade para África), bem como os programas de ajuda ao desenvolvimento da USAID.

“Tudo isso foi abandonado. Alguém dizia que isso é um despertar para as nações africanas”, disse, salientando que a África vai depender cada vez mais dos seus recursos domésticos.

Por outro lado, disse que a nova Comissão da União Africana se concentrou nos desafios da paz e da integração para pacificar o continente e promover os sectores chave, tais como minerais e energia, saúde e agro-indústria, infra-estruturas e economia digital, “portadores de desenvolvimento e prosperidade”.

O responsável da Comissão da UA descreveu os EUA como “um polo financeiro e de conhecimento”, salientando a importância de uma parceria equilibrada, justa e equitativa para que os Estados-membros da UA abram seus mercados e atraiam capital, lembrando que, em 2025, o crescimento médio em África se estima em 3,9% e mais de 21 países terão um crescimento superior a 5%.

O responsável destacou o sector privado como um dos principais motores de desenvolvimento e prosperidade, sendo “a combinação de políticas públicas e o sector privado” garantia de um futuro melhor para as nações africanas.




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