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Myanmar tem segundo sismo mais forte da história do país: mais de 3350 mortos
A imprensa estatal do Myanmar avançou este sábado que o número de mortos do sismo de 28 de Março naquele país asiático aumentou para 3.354, numa altura em que as agências da ONU continuam a apelar à disponibilização de ajuda de emergência.
De acordo ainda com a mesma fonte, registou-se ainda 4.850 feridos e 220 desaparecidos, tendo sido resgatadas pelas equipas de socorro 653 pessoas.
O sismo de magnitude 7,7 atingiu uma grande área do país, causando danos significativos em seis regiões e estados, incluindo a capital Naypyitaw, deixando ainda muitas áreas sem energia e comunicações.
O abalo agravou também a crise humanitária desencadeada pela guerra civil do país, que deslocou internamente mais de três milhões de pessoas, de acordo com as Nações Unidas.
O líder do Governo militar, general Min Aung Hlaing, adiantou que o sismo foi o segundo mais forte da história do país, após o terramoto de magnitude 8 registado a leste de Mandalay, em Maio de 1912.
O porta-voz do Governo militar avançou ontem, após uma cimeira regional realizada em Banguecoque, que os primeiros-ministros e as autoridades dos países participantes, incluindo a Índia e a Tailândia, prometeram prestar a assistência necessária para os esforços de ajuda e reabilitação nas áreas atingidas pelo terramoto.
Referiu ainda que 18 países estão a prestar assistência às áreas afectadas e mais de 60 aeronaves estão a transportar equipas de resgate e mantimentos de emergência para as zonas afectadas.
Os militares e vários grupos de resistência armada declararam um cessar-fogo temporário na quarta-feira, após o terramoto, para facilitar o fluxo de ajuda humanitária.