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Sociedade

Município de Viana aposta em centros de tratamento da cólera

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Com vista a cortar a cadeia de transmissão do surto da cólera no município de Viana, em Luanda, foram montadas tendas para o tratamento de casos da cólera. As tendas estão instaladas no hospital Mãe Jacinta e no centro do Km 14 A.

Segundo o director municipal da saúde, Matondo Alexandre, Viana tem um caso confirmado ate ao momento. Trata-se de uma criança que já está a ser atendida e que provavelmente receberá alta hoje.

“Com base aos resultados de exames de treze casos suspeitos, foram desconsiderados” afirmou, Matondo.

A par da prevenção e corte da transmissão, o gestor assegurou que a sua área de jurisdição continua a envidar esforços com campanhas de sensibilização das famílias e populares no sentido de manter bem informados os munícipes.

Ontem decorreu o encontro da Comissão Multissectorial de Combate ao surto de cólera, no município de Cacuaco, província de Luanda. O encontro foi orientado pela Ministra da saúde Sílvia Lutucuta.

Na ocasião, a ministra da Educação, Luísa Grilo, falou em trabalho conjunto para melhoria no abastecimento de água potável nas escolas.

“Temos muitas escolas sem água, e que consomem água dos tanques. E, por isso gostaríamos que também tivesse uma atenção particular a distribuição de água nas escolas.

Por outro lado, também pediu o apoio do Ministério das Finanças. “Os nossos directores disseram que estão desde Junho sem dinheiro, e, para ter água tem que comprar. Para ter dinheiro, tem que ter dinheiro”, disse.

E a Ministra da Saúde, afirmou que, o trabalho esta a ser feito no sentido de manter o reforço das medidas de vigilância.

“Temos estado a trabalhar nesta coordenação inter-sectorial, no reforço das medidas de vigilância epidemiológica e laboratorial, mobilização, reforço da comunicação, promoção da saúde, e também na melhoria do abastecimento da água potável”, garantiu a ministra.

O Ministério da Saúde declarou o surto de cólera quando foi confirmado o primeiro caso, a 7 de Janeiro, e activou o Plano Nacional de Resposta contra a Cólera.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de letalidade por cólera em Angola “é elevada” com uma percentagem de 10%, tendo até ao momento se registado 224 casos notificados com 18 mortos.

A percentagem de 10% representa uma taxa de letalidade “alta” segundo o Oficial de Emergência da OMS em Angola, Walter Firmino, sendo que o maior número de pessoas que perderam a vida pelo surto da cólera são mortes “comunitárias” o que pressupõe que a população dispõe de pouca informação.




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