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Mulheres jovens africanas continuam sendo alvo do VIH
Dados do UNAIDS sobre a resposta global ao VIH revelam que durante os últimos dois anos, pontuados pela COVID-19 e outras crises globais, o progresso da resposta à pandemia da SIDA tem falhado e os recursos têm diminuído. Como resultado, milhões de vidas estão em risco.
Após quatro décadas de resposta ao VIH, as desigualdades ainda são persistentes nos serviços mais básicos, como prevenção, diagnóstico, tratamento e, principalmente, no acesso às novas tecnologias.
As mulheres jovens na África continuam sendo afetadas de forma desproporcional pelo VIH, enquanto a cobertura de programas dedicados a elas permanece demasiadamente baixa. Em 19 países africanos com alta incidência de VIH, programas de prevenção combinada destinados a meninas adolescentes e mulheres jovens operam em apenas 40% das localidades com alta incidência de VIH.
Apenas um terço das pessoas das populações-chave, incluindo homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que fazem uso de drogas, profissionais do sexo e pessoas em privação de liberdade, têm acesso regular à prevenção do VIH. Populações-chave enfrentam, também, grandes barreiras jurídicas, incluindo criminalização, discriminação e estigma.
Faltam apenas oito anos para o fim do prazo da meta de acabar com a SIDA como uma ameaça global à saúde. As desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas devem, portanto, ser tratadas com urgência. Em uma pandemia, as desigualdades aumentam os perigos para todas as pessoas.
As informações do UNAIDS afirma que, o fim da SIDA só pode ser alcançado se lidarmos com as desigualdades que a impulsionam. As lideranças mundiais precisam agir com ousadia e responsabilidade. E todos nós, em todos os lugares, devemos fazer tudo o que pudermos para também ajudar a combater as desigualdades.