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Mulheres continuam proibidas de estudar no Afeganistão

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As universidades do Afeganistão retomaram as aulas esta segunda-feira, 6, após as férias de inverno, porém apenas os homens retornaram às salas, porque as alunas permanecem proibidas frequentar o ensino superior pelo governo Talibã, que marginaliza as mulheres. A proibição de frequentar a universidade é uma de várias restrições impostas às mulheres pelo Talibã, desde que o movimento fundamentalista retornou ao poder, em Agosto de 2021.

A discriminação das mulheres no Afeganistão foi criticada ao redor do planeta, inclusive em países muçulmanos. “É de partir o coração ver os homens seguindo para a universidade, enquanto nós temos que ficar em casa”, lamentou Rahela, 22 anos, moradora da província central de Ghor.

“Isto é discriminação de género contra as mulheres porque o Islã nos permite buscar o ensino superior. Ninguém deve nos impedir de aprender”, acrescentou.

O governo Talibã impôs a proibição depois de acusar as alunas de ignorar o rígido código de vestuário para as mulheres e a exigência de serem acompanhadas por um familiar do sexo masculino na ida e na volta da universidade. Antes da proibição, a maioria das universidades já havia adoptado entradas e salas de aula segregadas por género. E as mulheres só tinham aulas com professoras ou homens idosos.

“É doloroso observar que milhares de garotas estão privadas do acesso à educação”, declarou Mohamad Haseeb Habibzadah, estudante de Ciência da Computação na Universidade de Herat. Em Cabul, Ejatullah Nejati, estudante de Engenharia”, disse que as mulheres têm o direito fundamental ao ensino. “Mesmo que frequentem as aulas em dias separados, isto não é um problema. Elas têm direito à educação”, afirmou Nejati ao chegar a universidade.

Com agências internacionais