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MPLA prepara máquina para 2027 com indicação de Adão de Almeida no Parlamento, destaca especialista

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O especialista em ciência política, Eurico Gonçalves, classificou, em declarações esta quinta-feira, 13, à Rádio Correio da Kianda, a indicação de Adão de Almeida à presidência da Assembleia Nacional, como estratégica, por articular os Poderes Executivo e Legislativo, e define o equilíbrio de poder no Estado.

O até então ministro de Estado da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, foi indicado para assumir a presidência da Assembleia Nacional, substituindo Carolina Cerqueira, numa decisão tomada na primeira reunião extraordinária do Bureau Político do MPLA, realizada no auditório do Complexo Turístico do Futungo II, em Luanda.

Para o especialista em ciência política, esta indicação se traduz igualmente num movimento claro de preparação para 2027, onde o MPLA organiza a sua máquina política de maneira silenciosa, precisa, antecipando cenários e evitando rupturas, pelo facto de Adão de Almeida reunir consensos.

“Não se trata de uma indicação meramente protocolar, mas sim é estratégica. Uma escolha que transmite autoridade, experiência e capacidade de consenso. Adão de Almeida combina experiência consolidada, lealdade partidária e aptidão para mediar divergências internas, o que dá sinal de que o MPLA organiza a sua máquina política de maneira silenciosa”, sublinhou.

Eurico Gonçalves destaca a dimensão sútil nesta escolha, marcada por equilíbrio, onde o partido sinaliza uma governação menos centrada em figuras isoladas, e mais na coordenação racional e equilibrada na liderança.

Para o especialista em ciência política, o recado é inequívoco de que 2027 não será surpresa para quem observa atentamente, onde o MPLA planta hoje bases de continuidade e renovação, combinando experiencia consolidada, com visão colectiva, uma liderança que conjuga força, e uma visão estratégica.

Eurico Gonçalves assegura que esta designação reforça objectivos que passam por garantir a conquista do pleito de 2027 e criar bases sólidas para uma transição geracional bem-sucedida.

“A indicação revela cálculo estratégico, que se representa em preservar a coesão interna e abrir espaços para a transição geracional”, destacou.

Entretanto, o deputado pela Bancada Parlamentar do MPLA, Américo Cuononoca, explicou detalhadamente como será feita a transição na presidência da Assembleia Nacional, após a indicação de Adão de Almeida para substituir Carolina Cerqueira. Segundo Cuononoca, a eleição do novo Presidente segue o regimento do Parlamento e a Constituição, sendo obrigatória a votação plenária pelos 220 deputados.

“A Assembleia Nacional vai convocar uma plenária extraordinária, muito em breve, para que os 220 deputados votem favorável ou não, a indicação do camarada Adão de Almeida. E nessa altura, depois da aprovação, a presidente cessante vai proceder a entrega das pastas, e logo o novo presidente vai entrar em funções, para o normal funcionamento da Assembleia Nacional”, explicou, acrescentando que a votação pode ser feita por mão levantada ou por voto secreto, sendo essencial para a produção de um documento oficial que legitime a posse do novo Presidente.

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