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“MPLA deve evitar iniciativas que fomentem especulações”, diz politólogo

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O politólogo Rui Kandove disse à Rádio Correio da Kianda que é preciso evitar iniciativas que dão motivos de especulações, tendo em conta a diversidade de pensamento dos militantes e quadros do MPLA.

Num comunicado divulgado no início da tarde desta quarta-feira, o Secretariado da Comissão Executiva do Comité Provincial de Luanda do MPLA nega ter convocado uma marcha contra os supostos “indisciplinados e divisionistas que semeiam a discórdia e desunião no seio do partido”.

Em causa, está uma imagem amplamente divulgada nas redes sociais com a convocatória supostamente orientada pelo 1.º Secretário Provincial do MPLA em Luanda, Manuel Homem, para sábado, de uma marcha em apoio ao presidente João Lourenço e contra tais indivíduos.

“O Secretariado da Comissão Executiva do Comité Provincial de Luanda considera falsas as informações veiculadas, sendo que o MPLA continua a primar pela união, coesão interna e pelo respeito aos valores democráticos que sempre orientaram a maior força política de Angola”, diz o documento.

Igualmente, prossegue a nota, “repudia, com firmeza, a tentativa de rotular aqueles que, dentro do espírito democrático e pluralista, manifestam informações falsas que comprometem o ambiente saudável e de fortalecimento do glorioso MPLA”.

O comunicado ao qual o Correio da Kianda teve acesso ressalta também que “apesar da tentativa de confundir a opinião pública sobre a marcha de apoio ao Líder do Partido, Camarada Presidente João Lourenço, e a nova Divisão Político-Administrativa da Província de Luanda, o Secretariado da Comissão Executiva do Comité Provincial de Luanda exorta todos os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA em Luanda a participarem massivamente em todos os municípios para, uma vez mais, demonstrarmos a grandeza e a vitalidade do glorioso MPLA”, refere o documento.

Para o politólogo Rui Kandove, o partido que sustenta o Governo deve evitar iniciativas que fomentem as especulações, tendo em conta a diversidade de pensamento dos militantes e quadros do MPLA.

O académico considera que “não faz sentido passar a mensagem que no seio dos camaradas tem os bons e maus, mas, pode-se admitir pontos divergentes, e pensa que a liderança do MPLA deve se posicionar para travar especulações no seio da organização”.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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