O porta-voz do MPLA mostrou-se hoje confiante na vitória do partido, que “não encomenda sondagens nem pesquisas”, após o comício de encerramento da campanha, presidido por João Lourenço e onde disse terem participado cerca de 600 mil pessoas.
Eleições 2022
MPLA confiante na vitória, sem sondagens nem pesquisas encomendadas
Em declarações aos jornalistas, Rui Falcão, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disse que o comício de hoje, no Camama, em Luanda, o mesmo local que o candidato do MPLA escolheu para lançar a sua campanha na corrida à presidência, nas eleições do próximo dia 24, juntou cerca de 600 mil pessoas e foi “ainda muito melhor” do que o primeiro ato.
“Essa é a qualidade de um partido como o nosso, há poucos em Africa e no mundo”, sublinhou o porta-voz do MPLA, entusiasmado com a multidão que se concentrou hoje no Camama e que, acredita, “vai garantir a vitória do MPLA”.
“Nós corremos de Cabinda ao Cunene e sempre foi esta moldura, nos termos da demografia de cada província”, afirmou, desafiando os jornalistas a apontar um caso em que “eles” – os rivais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição), que não nomeou – “tenham vencido” em termos de adesão popular.
“A pancada é muito grande”, insistiu o responsável, insistindo: “Comparem, o MPLA é o maior e o melhor partido de Angola”.
Para Rui Falcão, um comício como o de hoje “só um partido como o MPLA pode fazer”.
“Um partido que tem sentido de Estado, que rtm responsabilidade perante os povos e não faz arruaça em circunstância nenhuma”, disse, prosseguindo: “Sempre defendemos o povo”.
Questionado sobre a que arruaças se referia, respondeu: “Vocês sabem muito bem quem tem feito sempre arruaça neste país, quem vos levou a guerra, vocês sabem”, disse aos jornalistas, afirmando que “este povo não perdoa isso”.
E deixou mais um recado aos jornalistas: “Compreendam isso, aqui quem manda é o povo angolano, sempre foi assim e foi por isso mesmo que derrotamos os racistas sul-africanos”.
Sobre se o apoio manifestado ao MPLA hoje no ato de massas é também sentido na rua, Rui Falcão comentou: “Vão ver no dia 25, quando a Comissão Nacional Eleitoral divulgar os resultados, porque nós não encomendamos nem sondagens nem pesquisas, nós vivemos daquilo que o povo decide e o povo vai decidir nas urnas”.
João Lourenço, que se candidata a um novo mandato presidencial, disputa a corrida eleitoral com outras sete formações políticas, das quais se destaca a UNITA e o seu líder, Adalberto da Costa Júnior, como principal adversário, numas eleições que se adivinham renhidas.
Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar no dia 24 de agosto, em que se realizam eleições gerais para escolher o próximo presidente da República e representantes na Assembleia Nacional.