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Mosaiko e FEC apresentam estudo sobre economia circular em Angola

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Um estudo denominado “Economia circular: Produtos Novos, Sustentáveis e Duráveis” será apresentado amanhã, no auditório do Instituto Superior João Paulo II, em Luanda, pelo Mosaiko – Instituto para a Cidadania e a FEC – Fundação Fé e Cooperação.

O Diagnóstico, desenvolvido no âmbito do projecto “Usaki: Somos Ambiente”, visa explorar as oportunidades e desafios que a Economia Circular tem no contexto específico de Luena, província do Moxico, procurando entender a situação local e o posicionamento que têm os atores públicos e privados envolvidos e o tipo de intervenções com viabilidade e potencial de replicação.

O estudo é baseado num trabalho de proximidade com as comunidades, que envolveu cerca de 185 pessoas para uma análise mais profunda do contexto e conhecimento das iniciativas de Economia Circular na região.

Paralelamente, avança a nota do Mosaiko, foi realizada uma análise de Planos e Estratégias assinadas pelo Governo a nível do Ambiente e Economia internacional para uma visão mais macro sob a realidade angolana.

“A economia circular interpela a humanidade para um modelo de economia que não seja só de uso e desperdício, mas sim de uso e reutilização por meio de um consumo responsável. O diagnóstico olha para a cidade do Luena, para as práticas de pequenos e grandes negócios e analisa esta questão da economia circular como instrumento fundamental de preservação do ambiente acontece ou não e partilha experiências, algumas dificuldades detectadas ainda a nível de políticas públicas, disponibilização de planos provinciais de preservação do ambiente que dizem que existem, mas não estão disponíveis”, refere o Frei Júlio Candeeiro, Director Geral do Mosaiko.

A Economia Circular, apresentada como uma alternativa ao modelo linear de economia, aposta em extrair o máximo valor possível dos recursos durante o seu uso e recuperar e regenerar produtos e materiais no final da sua vida útil (UNDP-GEF, 2019).

As principais conclusões do Diagnóstico sobre Economia Circular reforçam que o número de iniciativas por sector de actividade é muito reduzido e de pequena escala.

A maior parte das iniciativas, especialmente as empresariais, são desenvolvidas em Luanda e este cenário é reforçado pelo discurso e iniciativas do próprio Governo.

Outro dado do diagnóstico refere que algumas das iniciativas já existentes dão resposta a parte do problema do lixo, como por exemplo, a reutilização de garrafas para venda de mel ou as lixas de sapateiro criadas com latas de sardinhas;

A Importância da consciencialização das comunidades para a valorização da Economia Circular enquanto alternativa mais sustentável consta também das conclusões do estudo e que serão apresentadas e aprofundadas amanhã.

O referido diagnóstico identifica ainda um conjunto de recomendações ao nível da educação, cultura, informação e redes, dando conta da necessidade de envolver empresas e Governo na promoção da Economia Circular a nível nacional e local.

No que diz respeito ao poder político, o diagnóstico refere a importância de uma centralização das políticas e planos existentes num só organismo/entidade/comissão, de forma a que se consiga ir adaptando a cada território, valorizando os recursos endógenos e tendo em consideração as fragilidades de cada território.

“No âmbito deste documento é ainda apresentado um conjunto de iniciativas já implementadas noutros contextos e com potencial de replicação no território.

Sobre Economia Circular

O Diagnóstico “Economia Circular: Produtos Novos, Sustentáveis e Duráveis” é uma actividade do projecto Usaki: Somos Ambiente, implementado pelo Mosaiko em parceria com a FEC, e financiado pela União Europeia e pelo Camões, I.P., e tem como objectivo a melhoria da participação das Organizações da Sociedade Civil na divulgação dos desafios ambientais e na gestão inclusiva dos recursos naturais, nos espaços urbanos e na sua relação com as zonas rurais, em prol dos mais vulneráveis nas províncias do Moxico e Cuando Cubango.

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