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Morte de “Nandó” não é perda só do MPLA, mas do país, diz Makuta Nkondo

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A Presidência da República lamentou esta quinta-feira, 18, o falecimento de Fernando da Piedade Dias dos Santos, vítima de doença súbita.

Num comunicado na sua página do Facebook, o Executivo destacou a figura de Fernando da Piedade Dias dos Santos como um nacionalista e homem de Estado, sublinhando o seu percurso ao serviço do país ao longo de vários anos.

Na mesma nota, o Executivo manifestou profundo pesar pela perda e endereçou à família enlutada as mais sentidas condolências.

Durante a sua carreira política, Fernando da Piedade Dias dos Santos ou simplesmente “Nandó”, desempenhou funções de Ministro do Interior, Primeiro-Ministro, Vice-Presidente da República e Presidente da Assembleia Nacional.

Foi uma das figuras relevantes da vida política angolana, tendo contribuído para a consolidação das instituições do Estado em diferentes momentos da história do país.

Entretanto, o antigo deputado à Assembleia Nacional pelas bancadas parlamentares da UNITA e CASA-CE, Makuta Kkondo, disse ter tomado conhecimento da morte do antigo líder do parlamento angolano, com surpresa, e afirmou ser uma perda para Angola.

O político disse que a perda não é só do MPLA, mas do país, e falou da capacidade de Fernando da Piedade Dias dos Santos em mediar e manter o equilíbrio na casa das leis.

Makuta Nkondo negou a rotulação de ditador que supostamente se atribui a figura de Fernando da Piedade dos Santos “Nandó”. Para ele, Angola perdeu um grande político e lamentou a quem Makuta Nkondo tratava por “meu irmão Nandó”.

O antigo Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, morreu esta quinta-feira, 18, aos 70 anos, em Luanda. Segundo informações divulgadas pela Clínica Girassol, onde deu entrada, foi solicitado resgate por ter sido encontrado em casa, na sala de sauna, “desacordado” no chão.

“Não foi possível aferir tempo de permanência na sauna”, diz o comunicado hospitalar. Ainda de acordo com o registo, a equipa médica encontrou o antigo número um do Parlamento, “sem sinais vitais onde foram encetadas manobras de reanimação por se desconhecer tempo de paragem e manobras de reanimação durante 40 minutos, sem retorno da circulação”, tendo sido registado o óbito às 12h47 de hoje.

Advogado, comandante policial e político angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos foi primeiro-ministro de Angola, de 2002 a 2006. Eleito Presidente da Assembleia Nacional em 2008, interrompeu em 2010 para assumir a Vice-Presidência do país. Foi novamente eleito Presidente da Assembleia Nacional em 2012 e 2017.

Nandó, era um dos nomes cotados para a sucessão presidencial no próximo Congresso do MPLA, em 2026.

Comissão com dez Ministros 

O Presidente da República criou uma Comissão encarregue de organizar as exéquias fúnebres de Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República.

Compõem ainda a Comissão o Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República; Ministra de Estado para a Área Social; Ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria; Ministro do Interior; Ministro da Administração do Território; Ministro das Relações Exteriores; Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos; Ministra das Finanças; Ministra da Saúde; Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social; Secretário-Geral do Presidente da República e o Governador da Província de Luanda.

“Os titulares dos Departamentos Ministeriais acima indicados devem indicar os seus representantes ao Coordenador para o cumprimento da missão da Comissão”, diz o comunicado e orienta que “a Comissão ora criada deve elaborar o programa das exéquias e criar todas as
condições necessárias para a organização do funeral”.

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