Desporto
Morreu Rui Jordão, o grande goleador que se zangou com o futebol
Chamavam-lhe Gazela de Benguela e chegou a ser apontado no Benfica como o sucessor de Eusébio. Mas foi no Sporting que ganhou mais estatuto ao lado de Manuel Fernandes e Oliveira. Quando encerrou a carreira afastou-se do futebol e dedicou-se à pintura.
O antigo avançado Rui Jordão faleceu, esta sexta-feira, devido a problemas cardíacos. Campeão Nacional por Benfica e Sporting, contava 67 anos.
Natural de Benguela (Angola), Rui Jordão chegou a Portugal para jogar no Benfica. Entre 1971 e 1976, contribuindo para a conquista de quatro títulos nacionais, além de uma Taça de Portugal. Melhor marcador do campeonato na época 75/76, com 30 golos, acabou por ser transferido para o Saragoça, de Espanha, onde esteve apenas um ano.
Regressou, então, a Portugal pela porta do Sporting, onde foi campeão nacional mais duas vezes e ajudou a conquistar duas taças de Portugal. Fustigado por lesões, ainda viria a representar o V. Setúbal, onde terminou a carreira.
Pela Seleção Portuguesa fez 43 jogos (15 golos), ganhando relevo a prestação no Europeu de 1984, onde marcou dois golos na fantástica meia-final com a França.
Dedicou-se às artes e distinguiu-se na pintura. Estava internado no Hospital de Cascais, onde recentemente recebeu a visita de uma delegação do Sporting, liderada por Frederico Varandas.
As cerimónias fúnebres de Rui Jordão realizaram-se este sábado com a máxima reserva, recato e discrição, pedidas pela família do antigo jogador que faleceu na sexta-feira aos 67 anos.
A cerimónia limitou-se a familiares e amigos chegados.
Recorde-se que neste sábado a família de Rui Jordão emitiu um comunicado em que sublinha que, a pedido do antigo jogador, não haverá lugar a exéquias.
DN / Abola