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Modelo de gestão do Estado dificulta arrecadação de receitas das empresas públicas, afirmam analistas

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O especialista em gestão e administração pública Denílson Duro, disse hoje, 02, à Rádio Correio da Kianda, que o “grande problema em Angola sobre a falta de contributo das empresas públicas na arrecadação de receitas, não está na configuração empresarial, mas sim no modelo de gestão e administração do Estado”.

Para o especialista, se o país tivesse uma administração directa eficiente, a indirecta claramente onde pertencem as empresas públicas seria igualmente eficiente.

As declarações foram feitas no espaço “Tem a Palavra” do Capital Central, emitido de segunda à sexta-feira, na 103.7 FM, que abordou o tema “o contributo das empresas públicas na arrecadação de receitas para os cofres do Estado”.

Denílson Duro aponta o modelo de gestão partilhada ou compartilhada, onde o Estado continue proprietário mas privatizar a gestão, como por exemplo onde os gestores da instituição sejam indicados por uma empresa e não pelos actores políticos.

Para o especialista, o país devia antes de abrir a possível entrada de investidores externos, se deva antes potencializar os empresários nacionais.

Já José Macuva considera que à luz da própria ciência económica, sector público-privado ou empresarial está tecnicamente ultrapassado.

Para o economista, o sector público em toda parte do mundo é improdutivo e não gera lucro, pelo que defende a sua privatização para que o mercado possa fornecer de uma forma mais eficiente.

Para Fábio Manuel, o país tem todas as condições criadas para que as empresas públicas possam apresentar relatórios com maior eficiência e eficácia possível, por considerar que o Tribunal de Contas e a Assembleia Nacional têm responsabilidades acrescidas no capítulo da fiscalização da gestão.

Por seu turno, o economista José Ambrósio disse ser fundamental fazer-se distensa quando se vai fazer a análise do papel importante das empresas que desempenham uma actividade que o sector privado deve ser impedido de fazer.

A abordagem surge na sequência de informações apuradas pela Rádio Correio da Kianda, que dão conta que o sector empresarial público, composto por 69 empresas que apresentaram contas em 2024, registou um activo agregado de 39,59 biliões de kwanzas, o que traduz um crescimento de 9% em relação a 2023.

Estes números confirmam o peso das empresas públicas não apenas na prestação de serviços estratégicos, mas também como pilares na sustentação financeira do Estado.

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