África
Moçambique: profissionais de saúde protestam contra violência policial em manifestações
A pressão de algumas centenas de profissionais de saúde, liderados pelos médicos, gritando “parem de matar o nosso povo”, concretizou hoje a primeira manifestação em Maputo desde a paralisação das actividades no âmbito da contestação aos resultados eleitorais em Moçambique.
Anunciada inicialmente como uma “marcha pela saúde e pelos direitos humanos”, logo cedo, Napoleão Viola, presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), que acabou por liderar a manifestação, avisava do entendimento com a polícia para passar o protesto a uma concentração à porta da instituição por “motivos de segurança”.
Perante a pressão de centenas de profissionais de saúde, que gritavam “queremos marcha”, os manifestantes acabaram por seguir, primeiro, a pé, pacificamente, até ao Banco de Socorro do Hospital Central de Maputo, retornando e, em seguida, descendo a avenida Eduardo Mondlane e marchando até à estátua do histórico líder moçambicano, entre gritos de “socorro”, “salvem Moçambique” e “parem de matar o nosso povo”, enquanto centenas nos prédios e nos passeios aplaudiam.