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Moçambique: Podemos acusado de “vender luta do povo”

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O assessor do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou nesta terça-feira, 04, o término da relação com o Podemos, acusando aquela formação política de “vender a luta do povo”.

Segundo uma nota assinada pelo assessor de Venâncio a tomada “prematura” de posse no parlamento é uma demostração clara da venda da luta do povo.

“Como se viu e foi testemunhado por todos, o partido Podemos, contra a vontade do povo e de forma madrugadora, correu para tomar posse na Assembleia da República. Há necessidade de explicar que a nossa luta política é, fundamentalmente, pela salvação de Moçambique, não estando em causa o alcance obsessivo de bens materiais ou qualquer vantagem financeira com base no martírio do povo”, lê-se no documento.

Como, para nós, nem tudo na vida é dinheiro e posições, em respeito à dor de centenas de moçambicanos que pagaram com seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade, renunciamos [a] todos os direitos e prerrogativas a favor do partido Podemos”, consta num documento do auto-intitulado “Gabinete do presidente Eleito pelo Povo”, assinado por Dinis Tivane, assessor de Mondlane.

No documento, o Podemos é acusado de adulterar o acordo político que existia entre as duas partes e critica-se o facto de o partido integrar a mesa de diálogo para o fim da crise pós-eleitoral que está a ser promovida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, sem apresentar ao público “uma agenda concreta ou propor termos de referência”.

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