África
Moçambique: Mondlane sugere alteração à bandeira nacional
O candidato presidencial Venâncio Mondlane sugeriu esta segunda-feira, uma alteração à bandeira moçambicana e a revisão da Constituição.
Em causa está a maior contestação aos resultados eleitorais que Moçambique conheceu desde as primeiras eleições, em 1994, protestos que provocaram quase 300 mortes em resultado de confrontos entre a polícia e os manifestantes, liderados por Mondlane, a partir do estrangeiro.
Além da retirada da arma na bandeira moçambicana até ao dia 10 de Janeiro, com um “concurso” aberto para propostas, Venâncio Mondlane quer a revisão da Constituição da República e a eleição, localmente, dos líderes dos distritos e bairros em todas províncias do país.
“Todas as instituições, desde as administrações até aos governos provinciais, estão suspensas e o povo vai escolher os seus verdadeiros líderes (…). Queremos também uma nova Constituição da República, cujo projecto de revisão vai ser apresentado no dia 15 de Janeiro”, declarou Mondlane.
Recordar que o presidente do partido Podemos, avançou no dia 24 de Dezembro, que os deputados do partido, eleitos nas legislativas de Outubro em Moçambique, vão tomar posse na Assembleia Nacional, em Janeiro, dividindo opiniões em Moçambique.
Albino Forquilha acrescentou que “os deputados do Podemos foram legitimamente eleitos pelo povo, e que portanto, não haverá razão alguma para não procederem com o seu processo político e com a sua vida política”, rejeitando os resultados apresentados pelo Conselho Constitucional, divulgados esta segunda-feira, em Maputo, que anunciaram a vitória de Daniel Chapo, da Frelimo.
“Violência só contribui para que mais moçambicanos caminhem para o desemprego e miséria” – Chapo