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“Moçambicanos estão a dar última chance para a Frelimo”, diz analista sobre tomada de posse de Daniel Chapo

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O candidato da Frelimo nas eleições de Outubro do ano passado, foi empossado nesta quarta-feira, 15, como quinto presidente da República de Moçambique.

No seu discurso inaugural como Chefe de Estado, Daniel Chapo manifestou as linhas de força sobre o reforço de cooperação com instituições regionais e internacionais.

“Na nossa governação vamos ajustar a política externa de Moçambique, em termos de objectivos e acções estratégicas, não só para consolidar as conquistas alcançadas ao longo destes 50 anos, como também, e principalmente, para enfrentar novos desafios e adaptar-se às novas circunstâncias que colocam o país na geopolítica global, em permanente transformação e, assim, maximizar os nossos interesses nacionais”, disse.

Chapo, apelou a união, força e determinação para vencer os desafios, para se alcançar a mudança, trabalhando juntos como uma nação, com base a transparência.

“O futuro de Moçambique está nas nossas mãos. Hoje, mais do que nunca, precisamos de união, coragem e determinação. Não será uma jornada fácil, mas temos que ter plena confiança na força
do nosso povo. Cada um de nós tem um papel vital nesta transformação, renovação, mudança e esperança. Este governo será incansável, mas o verdadeiro poder de mudança está na nossa capacidade de trabalhar juntos, como uma só nação”, ressaltou.

O professor moçambicano, Arsénio Cuco, disse que a Frelimo tem a última chance para realizar os anseios do povo, que passará pelo cumprimento da agenda apresentada ao povo.

“Devo dizer que os moçambicanos estão a pensar que estão a dar a última chance para a Frelimo mudar tudo que foi feito nos últimos 50 anos. Há áreas que retrocedemos de forma significativa. Se for ver índices de pobreza, retrocedemos em mais ou menos 20%. ele tem que fazer jus à agenda que apresentou agora a fim de resgatar a Frelimo”, disse.

Por seu turno, o cientista político Eurico Gonçalves mostrou-se optimista no sucesso do governo de Daniel Chapo.

“Terá que fortalecer as instituições e reforçar o elemento instituição ser mais importante que o elemento pessoa e fazer de Moçambique um país que os cidadãos poderão se orgulhar. Temos esperança, temos confiança, no entanto Chapo deverá utilizar os meandros da política para consolidar a unidade e desenvolvimento sustentável, inclusivo e participativo para todos moçambicanos”, avançou.

E, o jornalista Romeu Carlos, disse que, Chapo tem duas opções pela frente, como primeiro presidente que nasceu depois de 1975, deve fazer diferente, para o bem dele e de Moçambique, o contrário, será um desastre.

“Daniel Chapo tem duas opções. ou fazer bem ou fazer bem pois as pessoas estão de olho nesse Governo. Deve fazer de tudo para que faça diferente”, vincou.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

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