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Missões diplomáticas passarão a receber 100 milhões de dólares a partir de 2020

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O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, informou nesta terça-feira, em Luanda, que Angola gasta perto de USD 88 milhões por ano, para manter funcionais sectores alheios ao seu departamento ministerial.

Ao responder aos deputados na Assembleia Nacional, durante as discussões, na especialidade, da Proposta de Lei do OGE 2020, explicou que esses valores são gastos nas despesas com os adidos militar, cultural, de imprensa, educação e de outros sectores.

“Neste momento, os sectores extra Relações Exteriores, como o comércio, defesa, saúde, pescas, agricultura, imprensa, cultura e educação, nas embaixadas, gastam tanto ou mais que as Relações Exteriores”, afirmou o ministro Manuel Augusto.

Explicou que o Ministério das Relações Exteriores (MIREX), depois de  um acordo com o Ministério das Finanças, tem enviado às missões diplomáticas um valor fixo.

Se este valor for mantido, disse, passarão a enviar, às missões diplomáticas, 100 milhões de dólares, a partir de 2020.

“Actualmente, as Finanças transferem USD 25 milhões como valor mínimo para as despesas de funcionamento das embaixadas, pagamento de rendas, salários, saúde e outras despesas”, precisou Manuel Augusto.

Angola possui, presentemente, 76 embaixadas espalhadas pelo mundo, sendo que um total de 250 funcionários dessas missões não são quadros do MIREX.

Segundo o titular do MIREX, o custo médio de um funcionário, fora do país, está na ordem dos 25 mil a 26 mil dólares americanos e varia de região para a região.

“Para  quem  trabalha em África, o custo médio é de USD 18 mil, na Europa a média é de 23 a 24 mil, na Ásia de 31 mil e na América é de 28 mil dólares por cada quadro”, vincou.

“Quando se olha para as despesas no exterior, está-se a falar das relações exteriores, mas, não é bem assim”, sublinhou o chefe da diplomacia angolana.

No entender de Manuel Augusto, deve haver um esforço dos outros sectores para a redução das despesas, já que só o MIREX gasta 100 milhões de dólares/ano.

 “Será que precisamos de ter adidos militares em todos os países, adidos culturais em todas as embaixadas?”, questionou o governante perante os deputados.

Antes do encerramento das representações comerciais, em alguns casos,   a área controlava entre 10 a sete funcionários, número considerado pelo Chefe da diplomacia angolana, suficiente para pôr em funcionamento uma  Embaixada.

 

C/ Angop




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