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Ministro do Interior da África do Sul pede demissão devido a escândalo de vídeo sexual
O ministro do Interior da África do Sul, Malusi Gigaba, que foi alvo de tentativas de extorsão, após o roubo de um vídeo de caráter sexual sobre ele, pediu demissão das suas funções, anunciou hoje a presidência.
Em comunicado, o chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, indicou que recebeu a carta de demissão de Malusi Gigaba, um aliado próximo do ex-Presidente Jacob Zuma, e aceitou-a.
Nessa carta, o ministro do Interior justificou a sua saída em nome do “interesse nacional” e do partido, e para “aliviar o Presidente de pressões desnecessárias”.
Malusi Gigaba foi implicado em outubro, pela provedora de justiça, Busisiwe Mkhwebane, que recomendou ao chefe de Estado que tomasse sanções contra o ministro “por mentir sob juramento perante um tribunal”.
Busisiwe Mkhwebane referia-se ao testemunho que Malusi Gigaba deu num processo em 2017, envolvendo a família Oppenheimer.
Malusi Gigaba, que foi ministro das Finanças de março de 2017 a fevereiro de 2018, data em que assumiu a pasta do Interior, admitiu no final de outubro, que em 2017, foi alvo de tentativa de extorsão, após o roubo de um vídeo de carácter sexual sobre ele, depois de uma invasão ao seu telefone.
O vídeo estava disponível no site de partilha de vídeos pornográficos do PornHub.
Malusi Gigaba exclui a renúncia no início de novembro, referindo que o caso foi relatado à polícia e aos serviços de informação e salientando que “sempre se recusou a considerar” ceder à chantagem.
LUSA