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Ministro defende internacionalização das iniciativas culturais do país

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O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, defendeu hoje, a necessidade de se internacionalizar as iniciativas culturais do país através de acções de promoção das actividades dos fazedores de cultura no país.

O ministro discursava na cerimónia alusiva a 8 de Janeiro, Dia Nacional da Cultura, que se assinala neste domingo.

“Nos dias de hoje, no contexto do Direito Constitucional e no que respeita à livre criação intelectual, artística e tecnológica, bem como ao direito inalienável das comunidades associadas aos diferentes grupos societais, urge promover e estimular cada vez mais, por parte das actuais e futuras gerações, a aprendizagem para a conservação e validação do nosso acervo histórico, cultural e artístico”, disse Filipe Zau.

Acrescentou ainda que junto a essa apropriação de conhecimentos, torna-se também necessário associarem-se as estratégias mais adequadas para a difusão, ao nível internacional, das iniciativas direccionadas para uma maior promoção da nossa Cultura, fundamentalmente, junto de diferentes comunidades da nossa diáspora e, complementarmente, como um relevante apoio ao fomento do turismo interno e exterior.

Filipe Zau reconheceu, por outro lado, as várias actividades culturais que têm sido realizadas em todo o país, entre concertos, performances e exibições, que segundo o governante, servem de elementos avaliadores das “enormes potencialidades das indústrias culturais em prol da diversificação da nossa economia e do exercício pleno da cidadania nacional e planetária”.

Por este facto, continuou, “não podemos deixar de reconhecer e de homenagear o esforço de todos os que, apesar das dificuldades experimentadas, decidem enveredar por esta actividade laboral, ainda socialmente pouco valorizada”.

Por esta razão, o ministro Filipe Zau defende, que neste “novo ciclo, em que desejamos que o Estado e a Sociedade Civil possam cooperar de forma mais dialogante e concertada, procuraremos viabilizar a elevação do baixo sentido da auto-estima dos nossos ‘operários de cultura’, trabalhando em prol de uma agenda cultural consistente, que possa contribuir para uma maior empregabilidade e, consequentemente, para um melhor apoio social para os mesmos”.

A carteira profissional do artista é, segundo Filipe Zau, um elemento fundamental para o cumprimento dos planos traçados por aquele departamento ministerial em benefício dos fazedores da arte no país.

O 8 de Janeiro é considerado o Dia da Cultura Nacional, em homenagem ao Dr. António Agostinho Neto, que, em Janeiro de 1979, visitou a União dos Escritores Angolanos, aquando da tomada de posse dos primeiros corpos gerentes daquela agremiação.

Na ocasião, recorda Filipe Zau, o Primeiro Presidente da República de Angola proferiu um discurso sobre as principais linhas de força para a nossa política cultural, que, na sua essência, se mantêm actuais.

“Volvidos 42 anos e, independentemente, do carácter dinâmico das culturas e das mutações, que, socialmente, de forma mais ou menos rápida, se vão operando através dos tempos, destacam-se, naquele histórico discurso, as bases para a edificação da angolanidade, associado à necessidade de se promover e difundir o nosso rico mosaico cultural, sem perder de vista o património linguístico de origem africana, em estreita cooperação com a língua oficial portuguesa”, disse.

O ministro da Cultura e Turismo referiu que o princípio de endogeneidade, onde tradição e modernidade se complementam na contribuição para o desenvolvimento sustentável, põem a descoberto os sentidos de pertença e de alteridade, tão necessários para uma educação intercultural, indispensável à construção da unidade nacional.

“Neste contexto, o Dr. António Agostinho Neto, pouco mais de três anos do pós-independência, recomendava o seguinte: “Penso que é necessário o mais alargado possível debate de ideias, o mais amplo possível movimento de investigação, dinamização e apresentação pública de todas as formas culturais existentes no País, sem quaisquer preconceitos de carácter artístico ou linguístico”, recordou.

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