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A ministra da Juventude e Desportos de Moçambique diz que escravatura existe em todo o continente africano

Nyeleti Mondlane considerou ontem que África vive o problema da escravatura “um pouco por todo o continente, acrescentando que é “penoso, mas excelente”, que o tema esteja no topo da agenda mediática.

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“Foi excelente, penoso, mas excelente, que o assunto das migrações tenha vindo ao de cima, porque obrigou a África e a Europa a olhar em termos crus para o problema e a procurar soluções”, disse Nyeleti Mondlane em declarações à margem da cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que terminou na quinta-feira em Abidjan, na Costa do Marfim.

“Vivemos o problema da escravatura um pouco por todo o continente, mas de maneiras diferentes”, explicou a governante, que até à semana passada era a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

“Na África Austral temos escravatura de mulheres, de meninas traficadas para a indústria do sexo, portanto finalmente ao nível mais alto da UA e da UE estamos a debruçar-nos sobre isto, finalmente os jovens vão ter uma voz válida sobre este assunto”, disse.

“A escravatura moderna existe, as televisões têm programas sobre isso, e talvez porque não nos convém ouvir as mensagens e parece que o problema está longe da nossa casa, não prestamos muita atenção”, disse a ministra moçambicana, que chefiou a delegação de Moçambique na cimeira.

O tema das migrações e da escravatura na Líbia surgiu há semanas quando a CNN divulgou uma reportagem na qual mostrava africanos negros a serem vendidos num mercado perto de Tripoli como escravos por traficantes humanos, causando a indignação generalizada da comunidade internacional.

Na quarta-feira, já na cimeira, o Presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou uma operação militar e policial para desmantelar redes de tráfico de imigrantes na Líbia e defendeu o reforço da intervenção militar contra o ‘jihadismo’ no deserto do Sahel, considerando que as imagens divulgadas pela CNN sobre o que aconteceu na Líbia mostram “um crime contra a humanidade”.

 
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