Bastidores
“Ministra Adjany Costa mostra desespero em expor documentos da Comissão Interministerial nos jornais”
A ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa, é apontada como a figura que está a liderar uma campanha contra o hino criado para assinalar os 45 anos da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro, ganha pela empresa Karga Eventos, do músico angolano Big Nelo.
Segundo fontes do Correio da Kianda no super Ministério dirigido pela jovem bióloga, o mau clima reinante no sector, resulta de pressões e críticas dos fazedores da Cultura à gestão da Adjany Costa, concretamente no último debate realizado pela TPA sobre “O estado da cultura angolana em fase da pandemia da covid-19”.
A primeira tentativa de interferência de Adjany Costa, aconteceu recentemente, quando solicitou a Televisão Pública de Angola, para cancelar a exibição do Hino comemorativo dos 45 anos da Independencia Nacional. Frustrada a tentativa, Adjany decidiu recorrer ao Novo Jornal para a exposição dos documentos.
“A ministra mostra desespero em expor documentos confidenciais da Comissão Interministerial nos jornais para travar o projecto do Hino”, disse a fonte.
O Hino retrata o patriotismo, a angolanidade e o amor ao próximo, segundo as declarações de Big Nelo, durante o acto de lançamento que decorreu no passado mês de Julho.
Entre os artistas escolhidos para dar voz ao tema estão Socorro, Gabriel Tchiema, Bessa Teixeira, Calabeto, Filipe Mukenga, Patrícia Faria, Yola Araújo, Ana Joyce e Eva Rap Diva.
Recorde-se que o coordenador da APPEC, Kayaya Júnior, afirmou durante o debate na TPA, que a relação do Ministério da Cultura com os artistas não é a ideal há anos. Chegando mesmo a dizer que “não é séria, não é verdadeira e não é ética”.
“Digo isto porque é algo que já acontece ao longo destes anos. Vamos esquecer a Covid-19, porque o nosso problema com a cultura industrial angolana é antigo, ou seja, continuamos com a cultura politizada em termos práticos. Obviamente que o Ministério deve existir para criar políticas para serem implementadas, mas depois tem os fazedores das artes que evoluíram muito, contribuem para o Estado, porém o Estado não dá atenção para essas pessoas”, lamentou e frisou: “temos que mudar os paradigmas do Ministério da Cultura”
Já o presidente da Associação Angolana de Teatro, Adelino Caracol, diz que houve uma reunião com a ministra Adjany Costa, mas que os artistas ficaram “mais uma vez na fila da esperança”:
“Em tempos, a ministra falou sobre um encontro, inclusive estive na reunião e esperava que se debatesse algo sobre os apoios concretos, filas das cestas básicas, mas ficamos mais uma vez na fila da esperança. Estamos cansados”, disse e destacou: “quando falamos em políticas da Cultura, elas só existem no papel”.
Zeca malanjinho
15/08/2020 em 6:44 pm
Foi feito um contrato que lesa a patria. Fundos publicos estao send mal usados. Assim o Kianda devia abster de dar-nos estas informacoes que indicam aprovacao a atos errados que prejudicam a populacao. Estes dinheiros podiam ser investidos na agricultutra, na industria, na educacao, na saude. Nao queremos que o pais gaste 150 milhoes de kwanzas com musicas ou hinos chamem lhe o que quizerem. Sejamos responsaveis e serios. Quando o musico, o artista nao consegue ganhar dinheiro com a sua arte deve procurar outro emprego para sobreviver. Assim se faz em outras partes do mundo. parem de exigir caridade. Exijam antes do ministerio do trabalho e seguranca social um subsidio de desemprego.