Politica
Ministério da Saúde estuda subvenção de fármacos para anemia falciforme
O Ministério da Saúde está a estudar para, à semelhança dos fármacos para diabéticos e hipertensos, reduzir ou subvencionar os preços dos medicamentos para portadores da anemia falciforme.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, José da Cunha, que falava à TPA a propósito do Dia Mundial de consciencialização da Anemia Falciforme (19 de Junho), será criado um grupo de trabalho para analisar a subvenção e posteriormente dar o mesmo tratamento que os medicamentos dos pacientes com diabetes e hipertensão recebem.
Fez saber que cerca de cem pacientes são atendidos na pediatria de Luanda com anemia falciforme, o que preocupa os especialistas do sector de saúde.
De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), trezentas mil crianças nascem com traços de anemia falciforme no mundo.
O Dia Mundial de Consciencialização da Anemia Falciforme foi estabelecido com o objectivo de dar visibilidade e reduzir as taxas de morbidade e mortalidade da doença.
A doença falciforme é hereditária por uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue e os principais sinais são dores crónicas, infecções e icterícia que ocorrem já no primeiro ano de vida.
Enquanto isso em Cabinda, 1.327 doentes com anemia falciforme são controlados pelos Serviços de Saúde, informou a coordenadora do programa, Sónia Chimpazo, indicando que no período de Janeiro a Maio deste ano, foram diagnosticados 37 novos casos.
Garantiu existirem fármacos suficientes que têm permitido o tratamento dos mesmos para além das vacinas que lhes são administradas.
A anemia falciforme, também chamada de drepanocitose ou anemia drepanocítica, é uma doença hereditária e hematológica que acontece por conta da produção anormal de glóbulos vermelhos do sangue, o que de forma as hermácias.
Faz ainda com que as células da membrana sejam alteradas e se rompem com facilidade, causando a anemia. Por conta desse rompimento, elas tornam-se parecidas com uma foice, por isso o termo folciforme.
No entanto, essa doença acontece quando a pessoa herda duas cópias anormais do gene da hemoglobina de seus pais, uma de cada.
Os primeiros sintomas costumam surgir entre os 5 e 6 meses de idade e vários problemas de saúde podem ser desenvolvidos com infecções e até mesmo AVC.
C/ ANGOP