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MININT demarca-se da soltura do filho do Director adjunto do SIC Luanda

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A soltura do filho do Director adjunto do SIC Luanda, Welliton Pederneira, assassino de um outro jovem, em 2015, seu amigo, Ricardo Ribeiro, ambos residentes, na altura, no Bairro Vila Alice, Distrito Urbano do Rangel, Município de Luanda, em Luanda, está a provocar as mais vivas reações da sociedade luandense e não só, se se atender ao tipo e móbil do crime. 

O assunto que dominou pauta jornalística de alguns órgãos de comunicação social sedeados em Luanda, semana finda e que começou com a divulgação da primeira matéria pelo jornal, Correio da Kianda, ganha agora novos contornos com os pronunciamentos de entidades ligadas ao Ministério do Interior que directamente lida com o processo tendo em atenção o facto de o jovem e o seu Pai serem efectivos deste Ministério e o crime ter sido cometido com recurso a uma arma atribuida.

Na quarta-feira, o Porta-voz do Ministério do Interior em Luanda, Mateus Rodrigues, falando à margem da conferência de imprensa em que foram apresentados jovens suspeitos de cometerem crimes diversos fez saber que a soltura do jovem envolvido no assassinato que ficou conhecido como “assassino da Vila Alice” não tinha nada a ver com a corporação que representa porquanto aquele organismo tinha feito o trabalho de casa que se consubstanciava na detenção do homicida, instrução do respectivo processo e a consequente remessa à Procuradoria. 

Diga-se que Williton tem sido visto, em Luanda, a festejar como se nada tivesse acontecido. A liberdade do jovem pouco mais de um ano após ter assassinado o seu amigo com recurso a uma arma de fogo do tipo pistola marca gericho pertencente supostamente ao seu Pai, Director adjunto do SIC, Luanda, veio aumentar às críticas e acusações de corrupção e jogo de influencia no sistema de justiça em Angola.

Na sequência, o Porta-voz dos Serviços Prisionais, confirmou a soltura do jovem, em entrevista a Rádio Despertar. Cassoma, esclareceu que a missão do organismo representa é deter ou soltar desde que o réu ou arguido apresenta um mandado ou de detenção ou soltura. “confirmo, sim a soltura do jovem mediante soltura emitida pelo próprio tribunal. Nós não podemos recusar a detenção ou soltura de alguém se o tribunal apresentar o respectivo mandado e ele saiu porque apresentou o competente expediente para tal. Portanto, só o tribunal pode esclarecer os motivos da soltura mas sabemos que saiu com uma medida cautela que é o termo de identidade e residência”. Concluiu o jovem.

A aplicação da medida cautelar, por sinal prevista em processo penal está, por outro lado a levantar suspeitas. O Jurista e jornalista, Willian Toneth, por exemplo, defendeu recentemente que o tipo de crime que Williton cometeu, homicídio simples, como queira qualificar, não prevê nenhuma medida que o possa colocar em liberdade provisória.

O rompimento desse pressuposto legal está, segundo entendedores da matéria, na base de a opinião pública concluir que a liberdade daquele assassino resulta de esquemas pouco transparentes que passam ou pela corrupção ou jogo de influencia do Pai que conhece muito bem  os meandros da justiça, principalmente, de Luanda de onde é nada mais nada menos do que Director Adjunto do SIC, órgão essencial na manobra da criminalidade na capital.  




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