Sociedade
Minas terrestres no Sul serão eliminadas até 2025
O director de programas da empresa de desminagem The Halo Trust, Rob Syfret, disse esta quinta-feira, em Luanda, que a sua companhia prevê eliminar as minas terrestres, na parte Sul do país, até ao ano de 2025.
Em declarações à Angop, à margem da II conferência sobre Tecnologias e Serviços na Indústria de Petróleo em Angola, o gestor da companhia assegurou que a The Halo Trust está focada em livrar esta parcela do país das minas.
“O trabalho de prospecção e mapeamento das aéreas está concluído”, informou, tendo apenas esclarecido é preciso que se garantam os recursos financeiros para o desiderato desta operação, orçada em 169 milhões de dólares.
Neste capítulo, a The Halo Trust tem identificado uma aérea equivalente a 500 campos de futebol, correspondente a 50 por cento da aérea desminada, desde 1994.
De acordo com o director, a empresa iniciou as operações no país em 1994 e já destruiu cerca de cem minas terrestres, numa aérea equivalente a mil campos, bem como foram desactivadas dezenas de milhares outros engenhos explosivos.
Segundo o encarregado, no processo directo de desminagem, estão envolvidos mil e cem profissionais, mas a empresa deu início um processo recrutamento de mais cem técnicos, até 2022.
Neste sentido, diz o responsável, a empresa tem uma quota para 100 mulheres que pretendam ingressar no ramo, sendo que, dado o interesse dessa franja da sociedade, a companhia tem, neste momento, 130 profissionais femininas a exercerem esta actividade.
Por sua vez, o engenheiro Braúlio de Brito, presidente da Associação das Empresas contratadas das Indústrias Petrolíferas em Angola (AECIPA), organizador da conferência, considerou de positivo os três dias de debates em torno das oportunidades de negócios no sector dos petróleos.
“O objectivo foi alcançando, na medida em que conseguimos estabelecer uma plataforma contínua de partilha de informações, conhecimentos e experiências a volta das principais incidências da indústria do petróleo”, finalizou.
Durante os três dias da II Edição da Conferência sobre Tecnologias e Serviços na Indústria de Petróleo, abordou-se temas como a problemática das oportunidades de pesquisa & produção em Angola, transição energética e potencial de fontes renováveis, inovações tecnológicas, o futuro do gás em Angola, bem como a presença da mulher na indústria e o empoderamento da juventude.
Por Angop