Sociedade
Militar que assassinou rufino no Zango condenado a 18 anos.
Durante a leitura da sentença, ficou provado que o réu José Alves tády, primeiro sargento das forças Armadas Angolanas (FAA) autor principal do disparo que matou rufino, terá sido escalado na zona do bairro Walale pelo coronel Silvano Ndongua, e que a deslocação dos efetivos das Forças Armadas ao local, terá sido ordenado pelo então Tenente-General Carlitos Wala, com a anuência do Ex-chefe de Estado Maior das Forças Armadas, Geraldo Sachipengo Nunda.
Nos pronunciamentos do acórdão, o Juiz da causa disse ainda que ficou provado, que Wala terá criado uma comissão por si chefiada, Integrando várias forças, com apoio da zona econômica especial, e a seguir ordenou ao coronel ndongwa a elaboração de um plano de operações militar naquela zona.
Wala e Sachipengo Nunda citado no acórdão não apareceram em tribunal, o que para os correus condenados hoje na décima quarta sala dos crimes comuns,do tribunal provincial de Luanda, falando à imprensa, consideram a sentença de injusta, com argumentos de razão de que, teriam sido ordenados pelas chefias militares acima mencionados.
O Tribunal,condenou a 18 anos de cadeia o 1º sargento das Forças Armadas Angolanas, José Alves Tadi, pela morte do jovem Rufino António, no Zango II, em Viana, a 06 de Agosto de 2016, durante uma operação de demolição de casas, nas zonas do bairro walale
José Alves Tadi terá ainda de pagar uma indemnização à família no valor de um milhão de kwanzas e 100 mil de taxas de justiça.
Os restantes arguidos, todos militares, Gabriel Domingos, José Pequenino e Lucas Tulikundene, foram igualmente condenados mas a penas de 1 ano de cadeia.
Tanto Pequenino como Tulikundene estavam em liberdade a aguardar o julgamento e foram agora conduzidos ao estabelecimento prisional.
Rufino António, de 14 anos, foi morto com uma bala na cabeça que o Tribunal deu como provado ter sido disparada pelo 1º sargento Tadi.
Os três elementos das FAA agora condenados estavam acusados pelo Ministério Público da morte do jovem Rufino António quando este protestava contra a demolição da sua casa englobada no conjunto de habitações que estavam, no dia 06 de Agosto, a ser demolidas com o apoio de força militar armada.
Os três militares foram acusados pela autoria da morte porque foram autores de disparos das suas armas.